Num restaurante badalado de Brasília, duas mesas chamaram a atenção dos políticos presentes. Na véspera do anúncio de sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski celebrava com o jurista e professor Manoel Carlos de Almeida e com o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas. Manoel Carlos de Almeida é o favorito de Lewandowski para sucedê-lo no Supremo. A escolha cabe ao presidente Lula. Em outra mesa estava a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o deputado petista Lindbergh Farias e o relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Em dado momento, Gleisi e Lewandowski se levantaram para conversar reservadamente. Na sequência, Gleisi conversou, também reservadamente, com Manoel Carlos. Lewandowski não tem escondido de ninguém que Manoel Carlos tem o perfil adequado e a "coragem" para exercer o cargo. Outro concorrenteEnquanto isso, no mesmo dia, horas antes, o advogado de Lula, Cristiano Zanin, conversava com parlamentares petistas. Ele também se movimenta para a sucessão de Lewandowski.