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Lula volta a criticar juros e associa Selic ao desemprego no paĂ­s

Em evento em comemoração ao Dia do Trabalho em São Paulo, presidente associou atual taxa de juros ao desemprego.

Por G1 em 01/05/2023 às 13:55:16
Em evento em comemoração ao Dia do Trabalho em São Paulo, presidente associou atual taxa de juros ao desemprego. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta segunda-feira (1Âș) a taxa básica de juros da economia, hoje em 13,75%. Em evento com centrais sindicais em celebração ao Dia do Trabalho, em São Paulo, Lula associou o patamar atual da Selic ao desemprego e disse que a taxa de juros é parcialmente "responsável" pela situação do país.

"A gente não poder viver mais em um país aonde a taxa de juros não controla a inflação, ela controla, na verdade, o desemprego nesse país porque ela é responsável por uma parte da situação que nós vivemos hoje", disse.

A taxa de juros é o principal instrumento do Banco Central para coordenar a política monetária do país. Quando os juros sobem, o empréstimo fica mais caro e a economia "esfria", o que ajuda a controlar a inflação – mas, como consequência, reduz a expansão da renda e do emprego.

Foi mais uma crítica do presidente ao BC, que tem mantido o juro básico da economia em 13,75% ao ano, o maior nível em mais de seis anos. Chefiado por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, a entidade possui autonomia operacional para fixar a taxa Selic para controlar a inflação.

Na ata da última de sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC avaliou que a desaceleração da atividade econômica "é necessária para garantir a convergência da inflação para suas metas, particularmente após período prolongado de inflação acima das metas".

Isso ocorre, na visão do Banco Central, porque existe atualmente "uma dinâmica inflacionária movida por excessos de demanda [aumento de recursos na economia], inicialmente em bens e que atualmente se deslocou para o setor de serviços".

Na semana passada, durante debate no Senado Federal, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a taxa de juros é alta no Brasil por conta do atual nível de endividamento – considerado elevado para o padrão de países emergentes.
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