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Sete de Setembro não será dia de ódio, mas de união, diz Lula em pronunciamento

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Por G1 em 06/09/2023 às 21:22:29
Presidente afirmou que Dia da Independência deve lembrar que o Brasil é 'um só' e defendeu união daqueles que têm 'preferência por este ou por aquele candidato'. Em Brasília, Planalto tenta afastar histórico antidemocrático de desfiles. O presidente Lula em pronunciamento nesta quarta (6), em rádio e TV, sobre o 7 de Setembro.

Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (6) que o 7 de Setembro não será um "dia nem de ódio, nem de medo, e sim de união". O petista defendeu, ainda, que a celebração da Independência do Brasil deverá lembrar que o Brasil é "um só".

A declaração ocorreu em pronunciamento, em cadeia nacional de rádio e televisão.

"Amanhã não será um dia nem de ódio, nem de medo, e sim de união. O dia de lembrarmos que o Brasil é um só. Que sonhamos os mesmos sonhos. Que podemos ter sotaques diferentes, torcer para times diferentes, seguir religiões diferentes, ter preferência por este ou por aquele candidato, mas que somos uma mesma grande nação, um único e extraordinário povo."

O tom de Lula repete o esforço do Planalto em dar nova cara ao desfile do 7 de Setembro, em Brasília. O slogan da cerimônia deste ano estampa o empenho: "Democracia, soberania e união".

Na primeira celebração do terceiro mandato do petista, o governo tenta afastar os registros antidemocráticos observados nos últimos dois anos e nos atos golpistas de 8 de janeiro.

O Sete de Setembro celebra a Independência do Brasil, que completará 201 anos. Os desfiles tiveram início, segundo o Arquivo Histórico do Exército, a partir da proclamação da República, em 1989.

Nos últimos dois anos, porém, o evento cívico-militar ganhou repercussões que ultrapassaram o caráter oficial.

Em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o espaço para disparar ataques a autoridades do Judiciário, e manifestações paralelas convocadas junto a apoiadores exibiram faixas e discursos antidemocráticos, com pedidos de intervenção militar.

Um ano depois, o então candidato à reeleição usou o palanque para pedir votos. O ambiente de polarização e incitação ao golpismo levou, já em 2023, apoiadores do ex-presidente a invadir e depredar as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Reforçando a defesa da democracia, no pronunciamento, Lula também afirmou que a "independência do Brasil ainda não está terminada".

Segundo o petista, a democracia é a "matéria-prima para a realização dos nossos sonhos" e a "ferramenta para torná-los realidade".

O presidente disse que é preciso construir a emancipação nacional a cada dia sobre três alicerces: democracia, soberania e união — justamente o slogan escolhido para a celebração deste ano.

"Soberania é mais do que cumprir a importante missão de resguardar nossas fronteiras terrestres e marítimas e nosso espaço aéreo. É também defender nossas empresas estratégicas, nossos bancos públicos, nossas riquezas minerais, é fortalecer nossa agricultura e nossa indústria", disse Lula.
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