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Dólar abre em leve queda, à espera de dados de emprego nos EUA

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Por G1 em 02/02/2024 às 09:44:26
Foto: Reprodução internet

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Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,45%, cotada a R$ 4,9151. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,57%, aos 128.481 pontos. Dólar opera em alta

Karolina Grabowska

O dólar abriu em leve queda nesta sexta-feira (2), com o mercado à espera de novos dados de emprego nos Estados Unidos.

Os investidores também seguem repercutindo as decisões da última quarta-feira (31) sobre os juros no Brasil e nos EUA.

Além disso, continuam no radar as notícias sobre o setor bancário norte-americano.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 9h04, o dólar operava em queda de 0,03%, cotado a R$ 4,9138. Veja mais cotações.

Ontem, a moeda norte-americana recou 0,45%, cotada a R$ 4,9151. Com o resultado, acumulou:

alta de 0,09% na semana;

queda de 0,45% no mês;

e ganho de 1,29% no ano.

Ibovespa

Já o Ibovespa fechou em alta de 0,57% na véspera, aos 128.481 pontos. Com o resultado, acumulou:

recuo de 0,38% na semana;

alta de 0,57% no mês;

e queda de 4,25% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

A principal divulgação desta sexta-feira (2) será relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, referente a janeiro. O mercado continua de olho na força do mercado de trabalho para alinhar expectativas sobre o rumo dos juros norte-americanos.

Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidiu mais uma vez manter os juros do país na faixa de 5,25% e 5,50%, ao ano. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001. A decisão já era esperada pelo mercado.

No entanto, as falas de Jerome Powell depois da reunião ficaram com o destaque. O presidente do Fed disse que a instituição não trabalha com o cenário de corte de juros em março, reafirmando que isso é improvável.

"Essa acabou por ser a frase fundamental do seu comunicado e o mercado reagiu a esse comentário, com as probabilidades de cortes em março passando de mais de 50% para cerca de 35%", pontua José Maria Silva, coordenador de Alocação e Inteligência da Avenue.

Apesar de afastar as expectativas de que o ciclo de cortes comece em breve, o Fed adotou um tom mais neutro no comunicado da reunião, com destaque para a remoção da frase, que estava em comunicados anteriores, que menciona a possibilidade de a instituição promover novos aumentos de juros como forma de trazer a inflação anual dos Estados Unidos a 2%, explica Silva.

Em 2023, a inflação norte-americana encerrou o ano com alta de 3,4%, um pouco acima do esperado. Agora, o mercado espera que a primeira redução nas taxas do Fed aconteça em maio.

Juros ainda elevados preocupam o mercado porque encarecem os processos de tomada de crédito para pessoas e empresas, o que pode reduzir o consumo e elevar a inadimplência. Neste cenário, o maior receio é que os Estados Unidos passem por uma recessão econômica em 2024.

Ainda no exterior, o mercado segue atento às notícias sobre o sistema bancário norte-americano e na agenda de indicadores.

Na quarta-feira, o New York Community Bank (NYCB), que comprou parte do Signature Bank em um acordo de US$ 2,7 bilhões no ano passado, quando a instituição marcou a terceira maior falência da história dos EUA, reportou um resultado abaixo das estimativas do mercado.

O cenário, segundo especialistas, voltou a levantar preocupações com os bancos regionais do país. As ações do NYCB recuaram mais de 11% na quinta-feira.

Já no Brasil, na quarta-feira, o Copom reduziu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, a 11,25% ao ano, ao menor patamar em dois anos, dentro do que era esperado. O Comitê sinalizou também que trabalha com um cenário de reduções de mesma magnitude em suas próximas reuniões.

Para Ricardo Martins, economista-chefe da Planner Investimentos, porém, o Copom já tem espaço para promover cortes maiores para os juros brasileiros.

"Inflação em queda e convergindo para a meta, associada à evidente desaceleração da economia, que cresceu em torno de 3% por conta do carrego estatístico do primeiro trimestre de 2023 e iniciou no segundo trimestre a caminhada para uma retração no começo de 2024, são fatores nítidos", comenta Martin.

Na agenda doméstica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira que a produção industrial brasileira registrou alta de 1,1% em dezembro na comparação com o mês anterior.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 1,0%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 0,3% na variação mensal e de 0,1% na base anual.

Fonte: G1

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