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Tiganá Santana captura ancestralidade afro-brasileira no desnudamento das canções do álbum "Caçada noturna"

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? Tiganá Santana captura mais uma vez a ancestralidade afro-brasileira no sétimo álbum, Caçada noturna, posto no mundo na sexta-feira passada, 3 de maio.

Capturar talvez nem seja o verbo mais adequado porque tal ancestralidade parece já ter vindo na alma deste compositor, cantor, instrumentista, poeta, produtor musical, pesquisador e professor baiano nascido em Salvador (BA) em 29 de dezembro de 1982.

Toda essa carga ancestral inclusive já veio publicamente à tona com a edição do primeiro álbum do artista, Maçalê, lançado em 2010 com título que significa "você é um com sua essência" na versão mais arcaica da língua iorubá. Em Maçalê, havia composições autorais escritas por Tiganá em línguas africanas.

Em Caçada noturna, as músicas estão quase todas escritas em português, com exceções de Nkongo – tema composto na língua kikongo – e de Estrelas pernoitadas, música sem letra, arranjada por Tiganá (na guitarra e no vocalize) com Ldson Galter (no contrabaixo e ukebass).

De toda forma, em qualquer idioma, há forte carga de espiritualidade no cancioneiro autoral de Tiganá Santana. Há uma delicadeza e uma sensibilidade que engrandecem canções como Partes de mim, O véu – desvendado por Tiganá com a adesão vocal de Fabiana Cozza, cantora paulistana também imersa em forte espiritualidade afro-brasileira – e O amor simples.

"No álbum Caçada noturna, volto às canções desnudadas (em estado de compostas, sem muitos rodeios) e à intimidade do meu noturno. É uma homenagem à criação, à busca, ao amor, ao que ainda não sei, às precedências, ao meu inquice / orixá", conceitua Tiganá.

Gravado em Portugal em julho de 2023, com produção musical e arranjos orquestrados por Tiganá com Leonardo Mendes e Ldson Galter, o álbum Caçada noturna foi antecedido pelo single que apresentou em 12 de abril a canção Das matas, única composição sem a assinatura de Tiganá.

Música feita para saudar o orixá caçador Oxóssi na levada do agueré, (ritmo recorrente nas cerimônias espirituais iorubano-brasileiras), Das matas é de autoria de Fabrício Mota, historiador e baixista do grupo IFÁ Afrobeat.

Lançada em gravação que embute leitura incidental de trecho do texto O Ofá como oficina, do próprio Tiganá Santana, que tem transitado por países europeus, africanos e asiáticos com a ancestralidade vinda na bagagem da alma e da formação musical do artista, um com a própria essência.

Capa do álbum 'Caçada noturna', de Tiganá Santana

Divulgação

G1

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