Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

G1 - Economia

Petrobras perde R$ 35 bilhões em valor de mercado até as 12h após demissão de Prates

.


Foto: G1 - Globo
Mercado não gostou da notícia de que o presidente Lula demitiu Jean Paul Prates do comando da companhia e as ações despencam mais de 6%. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio

Marcos Serra Lima/g1

A Petrobras já perdeu R$ 35,3 bilhões em valor de mercado até às 12h desta quarta-feira (15), após o anúncio de que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da Petrobras, pouco tempo depois das polêmicas sobre a distribuição de dividendos da companhia se acalmarem.

Esse montante equivale ao valor total das ações da Equatorial Energia, por exemplo, segundo levantamento de Einar Rivero,Sócio Fundador da Elos Ayta Consultoria.

As ações ordinárias da Petrobras, que são as que dão direito a voto nas decisões da companhia, despencavam 6,73% às 12h25. Já as ações preferenciais, que são preferência no recebimento de dividendos, caíam 5,77%.

LEIA MAIS

Magda Chambriard: quem é a engenheira que deve assumir a presidência da Petrobras

Novo nome para a Petrobras passa por conversas com Dilma e Mercadante

Petrobras terá seu sexto presidente em três anos após a demissão de Jean Paul Prates

Lula demite Jean Paul Prates, presidente da Petrobras

Conflitos na Petrobras e visão do mercado

O grande destaque deste pregão fica com a Petrobras, após a companhia informar que Jean Paul Prates foi demitido da presidência na noite desta terça-feira.

Segundo fontes, o presidente Lula decidiu pela demissão de Prates já há algum tempo após uma sequência de desentendimentos com o governo, principalmente por conta da pol.mica da distribuição de dividendos extras pela petroleira. O agora ex-presidente da Petrobras não se entendia com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia muito tempo.

De acordo com o blog da Andréia Sadi, Prates citou "intrigas palacianas' após ser demitido. O argumento usado é o de que Jean Paul não estaria entregando resultados da Petrobras na velocidade em que o governo esperava. Ao blog, Jean disse que respeita a decisão, mas afirmou que não pode deixar de dizer que presidente foi levado a adotar a medida por uma intriga palaciana.

Frederico Nobre, chefe de análises da Warren Investimentos, comenta que o mercado foi pego de surpresa com a notícia, já que os conflitos de Prates com o governo pareciam ter ficado no passado.

Para o analista, a notícia é negativa, principalmente porque a possível substituta, Magda Chambriard, é uma executiva com um "viés ideológico mais próximo do desenvolvimentismo".

"Eu avalio como bastante negativa primeiro porque traz uma falta de credibilidade, insegurança. Eu acho que é desnecessário porque o Jean Paul Prates estava fazendo um trabalho bem razoável, era um cara bem ponderado que vem do setor, que conhece o setor, que conhece a empresa. É um cara que fazia uma gestão bem tranquila e tinha um diálogo com o mercado e também com representantes do governo", pontua.

O chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares, tem um ponto de vista diferente. Para ele, a indicação de Magda não é negativa, tendo em vista que ela é uma profissional com uma "parte técnica muito boa" e de uma "carreira bem sucedida", sendo a indicação "bastante adequada".

"A gente acredita que a notícia (da demissão) é ruim, mas não muito ruim. Então o papel deve cair, mas sem tanto pessimismo", afirma Soares.

G1

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!