Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

G1 - Economia

Dólar abre em alta e volta a ser cotado acima dos R$ 5,40, com juros e risco fiscal no radar; Ibovespa cai

.


Na última sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,28% fechou cotada a R$ 5,3819. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com uma alta de 0,08%, aos 119.662 pontos. Mulher segura notas de dólar, dinheiro

Karolina Grabowska/Pexels

O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (17) e voltou a ser cotado acima dos R$ 5,40, iniciando uma semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco central do Brasil (BC) se reúne para decidir a nova Selic, taxa básica de juros.

A expectativa do mercado financeiro é de que o Copom mantenha a taxa Selic inalterada em 10,50% ao ano, por conta da aceleração da inflação brasileira, ao mesmo tempo em que os juros permanecem elevados nos Estados Unidos.

Real está entre as 10 moedas que mais perderam valor frente ao dólar neste ano; veja ranking

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 10h15, o dólar subia 0,42%, cotado a R$ 5,4046. Na máxima do dia, já bateu os R$ 5,4125. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,28%, cotado a R$ 5,3819.

Com o resultado, acumulou altas de:

0,80% na semana;

2,24% no mês;

10,60% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,50%, aos 119.065 pontos.

Na sexta, o índice fechou com uma alta de 0,08%, aos 119.662 pontos

Com o resultado, acumulou quedas de:

0,69% na semana;

1,77% no mês;

10,62% no ano.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?

DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?

O que está mexendo com os mercados?

Na agenda interna, o principal destaque da semana fica com a decisão do Copom. Hoje, inclusive, o Boletim Focus - relatório do BC que reúne as expectativas de economistas do mercado para indicadores econômicos - mostrou pela primeira vez que os especialistas não projetam mais nenhum corte para a taxa Selic em 2024.

Até então, as instituições financeiras projetavam uma redução de 0,25 ponto percentual no juro básico, para 10,25% ao ano - estimativa que foi abandonada. Vale lembrara que, no começo do ano, o mercado acreditava que a taxa Selic encerraria 2024 a 9% ao ano.

O Focus também prevê uma inflação maior para 2024, a 3,96% no fim do ano. Até semana passada, as projeções eram de uma inflação de 3,90%. O mesmo vale para as estimativas para a taxa de câmbio: economistas acreditam que o dólar vai fechar o ano a R$ 5,13, contra R$ 5,05 na última semana.

Todas esses fatores, na verdade, se relacionam. Um dólar mais caro pressiona a inflação brasileira, já que a nossa economia importa muitos produtos. Com preços maiores, o BC não consegue continuar reduzindo as taxas de juros.

E o que tem impulsionado o dólar, principalmente, é a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos. Analistas previam que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deveria iniciar um ciclo de corte nas taxas americanas no começo do ano, o que não aconteceu.

Agora, o mercado espera que isso ocorra somente uma vez no último trimestre, tendo em vista que a economia dos Estados Unidos se mostrou resiliente durante todo o primeiro semestre.

Junto a isso, pesa a incerteza fiscal sobre o Brasil. Na última semana, falas do presidente Lula aumentaram a percepção de que o governo não conseguirá reduzir seus gastos, o que fez disparar o preço do dólar.

Hoje, Lula e sua junta econômica - Rui Costa, ministro da Casa Civil; Fernando Haddad, ministro da Fazenda; Simone Tebet, ministra do Planejamento; e Esther Dweck, ministra da Gestão - se reúnem para falar sobre o orçamento.

"Eu quero fazer a discussão sobre o orçamento e quero discutir os gastos. O que muita gente acha que é gasto, eu acho que é investimento", afirmou Lula no sábado (14), ao encerrar viagem à Itália.

O presidente deu a declaração em um cenário de pressão de economistas, empresários e investidores para que o governo reduza despesas. Entre as propostas, está a mudança nas regras que tratam dos investimentos mínimos em saúde e educação, a fim de equilibrar o orçamento.

Lula, no entanto, afirmou que não fará ajuste de contas "em cima dos pobres". O presidente costuma frisar, em discursos, que considera "investimento" o dinheiro destinado à educação. Na semana passada, ele destacou que não pensa em economia apartada do lado social.

G1

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!