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G1 - Economia

Dólar cai e bate R$ 5,53, após Biden desistir da candidatura nos EUA e com fiscal no radar; Ibovespa sobe

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Na sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 0,30%, cotada em R$ 5,6039. Já o principal índice de ações da bolsa recuou 0,03%, aos 127.616 pontos. Notas de 1 dólar

Rafael Holanda/g1

O dólar opera em queda nesta segunda-feira (22), à medida que investidores recalibram posições e adaptam cenários para as novas projeções sobre as eleições norte-americanas.

Na véspera, o presidente Joe Biden desistiu de concorrer à reeleição, abrindo caminho para a vice-presidente, Jamala Harris, liderar a chapa democrata nos EUA.

Além disso, o mercado também aguarda a divulgação do relatório de receitas e despesas do governo federal, em busca de mais clareza sobre as contas públicas do país.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024, além de um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. As medidas vieram como uma tentativa do governo de cumprir a regra de gastos prevista no arcabouço fiscal.

As ações de tecnologias ao redor do planeta também ficam no radar, após o apagão cibernético que atingiu diversos lugares do mundo ter baqueado alguns papéis do setor na última sexta-feira.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, operava em alta, após oscilar entre altas e baixas na primeira metade do pregão.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

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Dólar

Às 15h, o dólar operava em queda de 0,92%, cotado em R$ 5,5524. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,5355. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira, o dólar subiu 0,30%, cotado em R$ 5,6039.

Com o resultado, acumulou altas de:

3,18% na semana;

0,28% no mês;

15,48% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,36%, aos 128.076 pontos.

Na véspera, o índice recuou 0,03%, aos 127.616 pontos.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,99% na semana;

ganhos de 2,99% no mês;

perdas de 4,90% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

A notícia de que o presidente norte-americano, Joe Biden, desistiu de concorrer à reeleição nos Estados Unidos, é o principal destaque desta segunda-feira (22). Com a desistência, a vice-presidente Kamala Harris é a líder da chapa democrata nos Estados Unidos.

Em um comunicado no X, Biden disse que cumprirá o seu mandato até janeiro de 2025.

"Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato", escreveu Biden.

Com a notícia, investidores começam a recalibrar suas posições no mercado para abarcar as novas projeções. Na semana passada, após o ex-presidente Donald Trump sofrer um atentado a tiros, uma onda de favoritismo ao republicano tomou conta do país e influenciou as negociações — muitas delas dando como certa a vitória de Trump.

Com a desistência de Biden, no entanto, essas probabilidades começam a ser revistas pelo mercado.

Já no cenário doméstico, o quadro fiscal do país segue na mira dos investidores, que ficam com as atenções voltadas para a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas do governo federal, que deve ser divulgado nesta segunda-feira.

A expectativa é que o documento traga sinalizações mais claras sobre as contas públicas brasileiras, após o Ministério da Fazenda ter anunciado R$ 15 bilhões entre bloqueio e contingenciamento de verbas na semana passada.

Agentes de mercado queriam ao menos R$ 30 bilhões contingenciados para que a meta de déficit zero seja cumprida.

A diferença entre bloqueio e contingenciamento é a seguinte:

Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal.

Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado.

Segundo Haddad, as medidas são necessárias para cumprir a regra de gastos do governo prevista no arcabouço fiscal.

O mercado já vinha mal com a perspectiva de que os cortes não fossem suficientes. Na quinta-feira, Tebet, descartou interromper programas sociais e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já iniciadas, principalmente nas áreas de saúde e educação. Tebet admitiu que o governo deve cortar gastos, mas afirmou que isso deve ser feito com os gastos "desnecessários".

"Não tem nenhuma, nenhuma sinalização, nenhuma, de que o PAC, especialmente na área da educação e da saúde, vai ter corte", disse Tebet ao programa "Bom Dia, Ministra" do CanalGov.

"Ainda que a gente tenha que fazer cortes temporários, contingenciamento ou bloqueios em obras de infraestrutura a gente faz naquelas que não iniciaram ou que não iniciariam agora para que a gente possa depois de dois meses --porque a cada dois meses a gente faz essa revisão — repor de outra forma", declarou Tebet.

A ministra destacou que o governo pretende reestruturar alguns programas sociais, com cortes de gastos "naquilo que estiver efetivamente sobrando", com fiscalização de fraudes e irregularidades.

"Obviamente, na hora que tiver que cortar, nós vamos reestruturar alguns programas. Nós temos que fazer reformas estruturantes para poder ter [recursos] para aquilo que mais precisa. Onde mais precisa? E eu sou professora, então educação, saúde", declarou.

Na agenda da semana, novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos ficam sob os holofotes. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, previsto para quinta-feira, também fica no radar, bem como a divulgação de balanços corporativos ao longo da semana.

*Com informações da agência de notícias Reuters.

G1

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