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Política

Biden marca telefonema com Lula para ouvir a posição do Brasil sobre o impasse eleitoral na Venezuela

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, o órgão eleitoral daquele país, que é ligado ao governo, apontou a vitória do atual presidente Nicolás Maduro por 51,2% dos votos.


Foto: G1 - Globo
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, o órgão eleitoral daquele país, que é ligado ao governo, apontou a vitória do atual presidente Nicolás Maduro por 51,2% dos votos. Oposição alega que eleição foi fraudada e que, na verdade, Maduro perdeu. A Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, solicitou ao governo brasileiro nesta segunda-feira (29) uma conversa entre o presidente Joe Biden e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A conversa foi marcada para as 15h30 desta terça (30). Biden quer ouvir de Lula a posição do governo brasileiro sobre o impasse eleitoral na Venezuela.

A eleição presidencial no país vizinho foi realizada neste domingo (28).

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, o órgão eleitoral daquele país, que é ligado ao governo, apontou a vitória do atual presidente Nicolás Maduro por 51,2% dos votos. O oposicionista Edmundo Gonzalez teria ficado em segundo lugar.

Mas a oposição alega que a eleição foi fraudada e que Edmundo, na verdade, foi o vencedor. Maduro está no poder desde 2013. Desde então, ele ganhou duas eleições, ambas acusadas, pela oposição e organismos internacionais, de não terem respeitado regras de transparência e princípios democráticos.

A falta de divulgação das atas tem sido um dos principais pontos de desconfiança em relação ao resultado das eleições. As atas são boletins que registram os votos em cada urna e que não foram devidamente apresentadas pelas autoridades venezuelanas.

O Brasil já pediu para a Venezuela apresentar as atas.

Esse impasse afeta o Brasil, não só porque a Venezuela faz fronteira com o país ao norte, mas também porque Lula, no início do mandato, tentou reintegrar Maduro à política do continente e buscou influenciar o presidente venezuelano no sentindo de realizar eleições democráticas na Venezuela.

Nas últimas semanas, Maduro radicalizou o discurso, e o próprio Lula se disse "assustado". Agora, o governo brasileiro tem que decidir que ação tomará.

Por enquanto, de forma cautelosa, o Brasil está cobrando pela divulgação das atas. Mas outros vizinhos e parceiros já contestaram o resultado eleitoral na Venezuela, como o Uruguai, o Chile e a Argentina.

Quem contestou resultado

Veja abaixo quais autoridades estrangeiras já contestaram a eleição na Venezuela.

Estados Unidos - secretário de Estado, Antony Blinken

União Europeia - vice-presidente, Josep Borrell Fontelle

Reino Unido - Ministério das Relações Exteriores

Chile - presidente Gabriel Boric

Alemanha - Ministério das Relações Exteriores

Argentina - presidente Javier Milei

Uruguai - presidente Luis Lacalle Pou

Espanha - ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares

Itália - vice-primeiro-ministro, Antonio Tajani

Equador - presidente Daniel Noboa

Peru - ministro das Relações Exteriores, Javier Gonzalez-Olaecha

Colômbia - ministro das Relações Exteriores, Luis Gilberto Murillo

Guatemala - presidente Bernardo Arevalo

Panamá - presidente José Raúl Mulino

Costa Rica - presidente Rodrigo Chaves

Portugal - Ministério dos Negócios Estrangeiros

Quem parabenizou Maduro

E estas são autoridades que parabenizaram o presidente venezuelano, reconhecendo a vitória:

Rússia - presidente Vladimir Putin;

China - Ministério das Relações Exteriores;

Irã - embaixada iraniana na Venezuela;

Honduras - presidente Xiomara Castro;

Bolívia - presidente Luis Arce;

Catar - emir Tamim bin Hamad al-Thani;

Cuba - presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez;

Nicarágua - presidente Daniel Ortega.

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