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G1 - Economia

Herdeiro da Hermès alega que fortuna equivalente a R$ 73 bilhões desapareceu

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Nicolas Puech entrou com processos contra seu antigo gestor de patrimônio, mas a Justiça suíça não encontrou evidências de que o herdeiro da marca de luxo foi enganado ou que o consultor financeiro administrou mal a fortuna; entenda o caso. Fachada da sede da Hermès em Paris

REUTERS/Manon Cruz/File Photo

Um dos herdeiros de uma das maiores fortunas do mundo alega ter perdido boa parte de seu patrimônio. Segundo a Bloomberg, Nicolas Puech, de 81 anos, da 5ª geração da Hermès, diz que perdeu as cerca de 6 milhões de ações que tinha da marca de luxo, que valem 12 bilhões de euros, o equivalente a R$ 73 bilhões.

O bilionário entrou com processos contra seu antigo gestor de patrimônio, Eric Freymond. Em uma decisão no dia 12 de julho, porém, a Justiça suíça não encontrou evidências de que o herdeiro foi enganado ou que o consultor financeiro administrou mal a fortuna.

"A 'gigantesca fraude' da qual ele foi vítima é indetectável para simples mortais", diz a decisão da corte, justificando que as alegações não tinham clareza e não eram suficientemente comprovadas.

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Freymond começou a cuidar do patrimônio de Puech em 1998, quando o herdeiro começou a transferir ações da Hermès para bancos na Suíça, onde ele mora. Segundo um documento anexado no processo, naquele ano, ele deu uma série de procurações ao consultor financeiro para supervisionar suas contas e, a partir de 2001, ações foram vendidas, compradas e transferidas.

O contrato entre os dois só foi rescindido em outubro de 2022, quando o bilionário decidiu fazer um balanço de sua riqueza e organizar sua sucessão. No ano passado, ele gerou polêmica depois que foi descoberto um plano dele para deixar boa parte de seu dinheiro para seu jardineiro.

A decisão do tribunal suíço concluiu que Puech voluntariamente entregou a gestão de seus negócios a Freymond, inclusive assinando vários documentos em branco e dando acesso às suas contas bancárias, e que ele poderia ter revogado o acordo a qualquer momento.

A família Hermès é a mais rica da Europa e, atualmente, o clã conta com mais de 100 membros, que têm um patrimônio líquido conjunto de cerca de R$ 875 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. Com as ações que alega não ter mais, Nicolas Puech era o maior investidor individual da empresa.

O destino da participação de aproximadamente 5,7% de Puech continua sendo um enigma, mas um lucro de 53,7 milhões de euros, registrado de 2008 até 2010, aponta que as ações podem ter sido vendidas ao magnata do luxo Bernard Arnault , fundador da LVMH - dona da Dior e da Louis Vuitton -, que furtivamente acumulou uma fatia de 23% da empresa e tentou ganhar o controle da Hermès.

No caso suíço, Puech alegou que sua riqueza veio quase inteiramente de suas ações na Hermès e que ele não possui mais nenhuma delas, mas não percebeu porque Freymond recebeu todos os seus extratos bancários.

Em uma teleconferência de resultados na quinta-feira (25), questionado por um analista se Puech ainda possui ações da empresa, o presidente-executivo da Hermès, Axel Dumas respondeu:

"Não temos como vê-las nem controlá-las".

G1

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