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Política

Ala do governo vê crise escalando e quer que Lula se afaste de Maduro , seguindo outros países democráticos

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Governo disse que vai esperar divulgação das atas eleitorais, mas quanto mais espera, mais pode ficar isolado no cenário internacional. O presidente Lula durante discurso em Brasília

Adriano Machado/Reuters

Uma ala do governo Lula está vendo a crise após a divulgação do resultado das eleições na Venezuela escalar e aconselha o presidente a se afastar de Nicolás Maduro, seguindo outros países democráticos. O afastamento sugerido é com o presidente venezuelano e não com as relações comerciais entre os dois países. A política internacional cobra um posicionamento do Brasil sobre as eleições.

Até o momento, Lula disse aguardar as atas das urnas da eleição na Venezuela, mas afirmou que não há nada de grave na eleição. Contudo, nada que acontece no pleito venezuelano pode ser considerado normal e precisa ser apurado.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou Maduro o vencedor das eleições com mais de 50% dos votos. A oposição, que tem o candidato Edmundo Gonzáles, contestou o resultado. Favorita para derrotá-lo nas eleições, a líder da oposição, María Corina Machado foi inabilitada para ocupar cargos públicos por 15 anos em uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça de janeiro deste ano.

Manifestações populares contrárias ao resultado já deixaram nas últimas 48 horas, de acordo com Corina, registraram ao menos 16 assassinatos, 11 desaparecimentos e mais de 177 detenções arbitrárias.

Ala do governo vê crise escalando e quer que Lula se afaste de Maduro

Os aliados de Lula estão preocupados porque quanto mais o Brasil demora para se pronunciar, mais difícil se torna a relação com aliados e com outros países. A imagem do país vai se deteriorando e o Brasil corre o risco de ficar isolado.

Há um ceticismo de uma ala do governo de as atas com os resultados das urnas serem divulgadas e se elas serão verdadeiras.

Aliados do presidente estão preocupados pois estão vendo a crise, com violência e tensão, está aumentando no país. E quanto mais o Brasil demora para se pronunciar, dificulta ainda mais a relação com aliados e com outros países e a sua situação com a Venezuela. A imagem do Brasil vai se deteriorando.

O blog conversou com um político de centro que apoiou a eleição de Lula – que, inclusive, disse que chegou a ser ameaçado por bolsonaristas por conta disso – que disse que não está acreditando que o governo não está condenando a Venezuela, ainda mais de um candidato que defende a democracia.

As alianças do governo Lula com os candidatos de Centro também vão depender de como ele vai dar o desfecho para este caso.

E quando você envia um representante do Brasil como o Celso Amorim para a Venezuela, espera-se que ele volte com uma resposta na bagagem. E qual vai ser essa resposta?

Um assessor de Lula falou ao blog que foi dito a Lula para se afastar dessa questão e se posicionar seguindo outros países.

Lula já disse que ficou com "medo" da frase de Maduro de que poderia acontecer um "banho de sangue na Venezuela" caso ele perdesse as eleições. Maduro mandou Lula "tomar um chá de camomila". Esta frase do presidente brasileiro foi um posicionamento correto.

O governo está em uma sinuca de bico para dar um desfecho para este caso.

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