O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (27) que a forma como os brasileiros deportados de outros países são tratados ao chegarem ao Brasil é uma questão de dignidade, soberania nacional e segurança.
Andrei deu entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura.
Segundo ele, os repatriados não podem ser equiparados a presidiários e devem ser tratados com respeito e humanidade ao retornarem ao país.
"O caso tem, fundamentalmente, três eixos que a gente precisa avaliar. Em primeiro lugar, é a dignidade daquelas pessoas, dos cidadãos brasileiros, que não são presidiários, que estavam chegando ao nosso país repatriados dos Estados Unidos. O segundo ponto é a soberania nacional, para que apliquemos aqui no nosso país as nossas regras sobre o nosso comando das instituições com competência para tanto. Em terceiro lugar, a segurança do voo, a segurança das pessoas do sítio aeroportuário", explicou.
O episódio motivou uma reação do governo brasileiro. O Itamaraty convocou o encarregado de negócios dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos sobre a violação de tratados bilaterais. Esses acordos estabelecem que os deportados devem ser tratados com dignidade e que o uso de algemas só pode ocorrer quando absolutamente necessário e jamais no desembarque em solo brasileiro. "O uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados", destacou o Itamaraty em nota oficial.
O voo fretado pelos EUA, que inicialmente seguiria para Belo Horizonte, foi desviado para Manaus devido a uma pane no sistema de ar-condicionado. Diante das condições relatadas, o governo brasileiro decidiu não permitir que a aeronave seguisse viagem. Os deportados foram transferidos para Belo Horizonte por meio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Essa decisão marcou uma postura firme do Brasil em relação à soberania e ao tratamento humanitário de seus cidadãos.
Rodrigues também explicou que, no Brasil, os processos de deport