Autoridade de proteção de dados disse que a medida, de efeito imediato, foi determinada após receber informações consideradas "totalmente insuficientes" sobre o chatbot chinês. Logo do Deepseek
Dado Ruvic/Reuters
A autoridade italiana de proteção de dados ordenou o bloqueio do chatbot chinês DeepSeek no país, nesta quinta-feira (30), alegando falta de informações sobre a utilização de dados pessoais dos usuários. A decisão é de efeito imediato.
O órgão italiano, chamado Garante, disse que a medida foi determinada após receber informações consideradas "totalmente insuficientes" sobre o chatbot e informou que iniciou uma investigação.
A autoridade de proteção de dados já havia cobrado informações do DeepSeek em relação ao uso de dados na última terça, segundo a agência Reuters.
Na ocasião, o órgão questionou quais dados pessoais são coletados, de quais fontes, para quais fins, com que base legal e se eles são armazenados na China.
Na quarta, o aplicativo teve acesso bloqueado nas lojas de apps da Apple e do Google na Itália, com mensagens informando que a plataforma não estava disponível no país, de acordo com a Reuters.
França e Irlanda também questionam plataforma
Além da Itália, outros órgãos de proteção de dados de países europeus, como Irlanda e França, solicitaram ao DeepSeek informações sobre a coleta de dados dos usuários.
A autoridade francesa disse à Reuters que seu departamento de inteligência artificial está analisando a plataforma para entender se haveria riscos para os cidadãos do país ao utilizar o chatbot chinês.
A Europa tem sido apontada como vigilante dos direitos de privacidade, e seu Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) é considerado uma das leis de privacidade mais abrangentes e rigorosas do mundo.
Em caso de violação da lei, as empresas estão sujeitas a multas de até 4% de seu faturamento global total.
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