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Em entrevista ao g1, Simone Tebet fala sobre orçamento secreto, Petrobras e posicionamento no 2Âș turno; veja todos os trechos

Por G1 em 21/06/2022 às 06:03:13
Candidata do MDB participou nesta segunda-feira (20) da série de entrevistas comandadas por Renata Lo Prete, apresentadora do podcast "O Assunto", com pré-candidatos à Presidência da República. Entrevista foi transmitida ao vivo direto do estúdio do g1, em São Paulo. Renata Lo Prete entrevista Simone Tebet, pré-candidata do MDB

Simone Tebet (MDB) participou nesta segunda-feira (23) da série de entrevistas do podcast O Assunto com presidenciáveis. Ao vivo, Renata Lo Prete conversou com a pré-candidata à presidência em 2022. No vídeo acima, você confere a íntegra da entrevista, que também está disponível em áudio (abaixo).

3ÂȘ via

Se colocando como uma pré-candidata do "centro democrático do Brasil", Simone Tebet criticou a briga política entre esquerda e direita no país. Para ela, a polarização "está levando o Brasil para o abismo". E ainda defendeu: "Nós temos condições de nos apresentar como a única alternativa capaz de pacificar o Brasil".

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre a terceira via

Polarização política

Durante a sua entrevista a Renata Lo Prete, Tebet citou mais de uma vez a polarização política no Brasil. "Não podemos esquecer que o atual presidente é fruto de um desgoverno do passado. Não vamos esquecer que essa polarização, esse discurso de ódio – de nós contra eles – não vem de agora", disse.

"Para mim, está muito claro isto: Bolsonaro é fruto dos excessos, dos equívocos e dos erros do Partido dos Trabalhadores."

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre polarização

Fome

Atualmente, 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer. O número é quase o dobro do contingente estimado em 2020. Quando foi questionada sobre o que faria para lidar com a situação, a pré-candidata à presidência afirmou:

"O objetivo principal da minha candidatura é erradicar a miséria. Erradicar mesmo. Diminuir a pobreza é outra coisa. Mas não é possível se admitir, num país da grandeza como o nosso, ter uma única criança dormindo com fome todos os dias".

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre a fome no Brasil

Trabalho e informalidade

Atualmente, cerca de 40% da população ocupada está em postos informais no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a pré-candidata, a educação de jovens é o primeiro passo para combater a informalidade no mercado de trabalho. Junto a isso, a senadora avalia que o crescimento econômico do país também faz parte da solução. "O Brasil voltando a crescer, automaticamente você abre novas portas de emprego", disse.

Tebet também defendeu o projeto no Senado do novo ensino médio, que teve seu voto, e começou a ser implementado neste ano.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre informalidade no mercado de trabalho

Assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips

O assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips foi um dos temas abordados durante a entrevista com Simone Tebet. Sobre o caso, a candidata lamentou que Jair Bolsonaro (PL) tenha se omitido diante das investigações e criticou a postura do presidente:

“Um presidente da República, num caso desse, não pode estar numa motociata no estado do Amazonas, enquanto você está num processo de investigação num caso gravíssimo como esse”, afirmou, em referência ao ato do presidente realizado no sábado (18) em Manaus.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde o que teria feito no caso Bruno e Dom se fosse presidente

Criação de ministérios

Uma das propostas de Tebet é recriar o ministério do Planejamento e Orçamento. A pré-candidata citou a importância da pasta para a economia do país e criticou o desempenho do PIB durante o governo Bolsonaro.

"Por que o Orçamento está engessado e sequestrado pelo Centrão? Porque o presidente da República, o governo federal, não tem projeto de país. Não tinha projeto nem antes da pandemia. Não adianta culpar a pandemia pelos problemas, basta olhar os indicativos econômicos, o PIB brasileiro não cresceu 2% no primeiro ano do presidente."

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre criação de ministérios

Alta dos combustíveis

Simone Tebet se posicionou contra a privatização da Petrobras e responsabilizou a gestão do presidente Jair Bolsonaro pela crise dos combustíveis. Para a senadora, a medida resultaria na perda do "mínimo de controle" do governo sobre a estatal.

"O problema da Petrobras é outro. É que nós temos um presidente da República que não sabe o que fazer com ela porque é incompetente e terceiriza os problemas que não sabe resolver", disse.

Tebet afirmou ainda que o ex-presidente Lula fez da pauta da estatal "uma política ideológica para se manter no poder".

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre preço dos combustíveis

Desmatamento na Amazônia

Simone Tebet defendeu que os militares brasileiros sigam atuando na Amazônia em conjunto com as polícias e os órgãos de controle. Para ela "as Forças Armadas são extremamente importantes para defender a fronteira e a soberania nacional".

Ela disse também que é preciso "fortalecer os órgãos de fiscalização e controle para evitar e impedir o desmatamento ilegal".

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre desmatamento

Marco temporal

Simone Tebet afirmou que é seu dever aceitar e seguir qualquer decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do marco temporal na demarcação de terras indígenas.

"Eu, como operadora do direito, tenho que me curvar ao posicionamento e decisão do Supremo Tribunal Federal".

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre marco temporal de terras indígenas

Agronegócio

A candidata defendeu o estímulo do governo federal à energia limpa, à emissão de créditos de carbono e reforçou a necessidade da preservação da Floresta Amazônica.

Segundo ela, para que o Brasil readquira importância na diplomacia ambiental, são necessários reforços em órgãos de fiscalização e controle na Amazônia para zerar o desmatamento ilegal na região.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre como tornar o agronegócio mais sustentável

Crise climática

Sobre o espaço da crise climática dentro do seu governo, a pré-candidata à Presidência da República pelo MDB afirmou que há lugar para todos, "inclusive para o agronegócio".

"Tem lugar para todos, inclusive para o agronegócio, você acaba de me permitir complementar. Os rios voadores da Amazônia estão comprovados. Pelo menos um terço das chuvas que chegam no meu estado, no sul do meu estado [MS], no PR, em SC e no RS, que é quem hoje está sofrendo mais com a seca por conta do desmatamento da Amazônia... Esses rio voadores dependem da floresta, da umidade, porque, se não ele para antes da hora, ele não vem tão carregado de chuva, ele não cai no meu estado, ele não cai no Sul", afirmou ela.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre crise climática

Caso Genivaldo

A entrevistada condenou as ações tomadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no caso Genivaldo, homem negro que foi morto no fim do mês passado em Sergipe por asfixia dentro do porta-malas de uma viatura após policiais jogarem gás de pimenta . A senadora diz ainda que, fosse presidente, teria colocado a direção da PRF "na rua".

"Entendo que lugar de bandido é na cadeia, mas quem julga é a Justiça. O policial não tem direito nem de exterminar nem de fazer pré-julgamentos. Ele tem que cumprir rigorosamente a Constituição".

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre caso Genivaldo

Armas

A pré-candidata disse ser a favor do armamento das mulheres no campo, mas se mostrou contrária ao avanço das armas para a população em geral.

"A pauta do Brasil não é essa, o Brasil precisa de paz. Pergunta para as mulheres, que são a maioria da população brasileira, se ela quer uma arma na mão dos seus companheiros, uma arma na mão até dos seus filhos. A pauta do Brasil é outra", afirmou a senadora.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre armas

Militares e política

Simone Tebet afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) "flerta com o autoritarismo" e "tenta politizar as Forças Armadas".

"Nós temos um governo que, sim, flerta com o autoritarismo. Sim, flerta. Porque, no meu ver, não representa a direita, mas a extrema-direita no Brasil. E que tenta, que tenta politizar as Forças Armadas brasileiras. Mas eu confio muito nas Forças Armadas brasileiras, acho que está muito amadurecida, ela é muito responsável e está pronta para defender a democracia", disse ela.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre militares e política

Posturas autoritárias no governo Bolsonaro

Simone Tebet disse não acreditar que as pessoas que elegeram o presidente Jair Bolsonaro em 2018 imaginavam que ele fosse ter atitudes tão autoritárias durante seu mandato. Como exemplo, ela falou da “briga acirrada” entre o presidente e outras instituições como a imprensa e o Supremo Tribunal Federal (STF). “Ninguém imaginava chegar a essa proporção”, disse.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre posturas autoritárias de Bolsonaro

Saúde pública

A pré-candidata do MDB foi perguntada sobre como aumentar o orçamento da saúde pública do país, que em 2022 teve queda em relação ao ano anterior.

Ela afirmou que precisa “remodelar” o orçamento e colocar a pessoa pobre como prioridade.

“Colocando o pobre como prioridade absoluta [no orçamento]. Hoje no Brasil, não é isso que acontece”.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre como aumentar verba para saúde pública

Teto de gastos

Simone Tebet afirmou que defende o “teto de gastos”, mas com uma “nova roupagem”. Segundo ela, o “teto de gastos” é demonizado porque o dever de casa “não foi feito”.

Tebet ainda fez uma relação entre o teto de gastos de o orçamento secreto. "Se não fosse o teto de gastos no Brasil, quanto seria o orçamento secreto?”, questionou.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre manutenção do teto de gastos

Aborto

Simone Tebet, que já demonstrou ser contra revisitar as possibilidades de legalização do aborto no país além do que já é permitido por lei, classificou como inconstitucional uma cartilha sobre o assunto divulgada pelo Ministério da Saúde. “É inconstitucional, não vale de nada”, afirmou Tebet.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre aborto legal

CPI da Pandemia

A pré-candidata à Presidência da República Simone Tebet reprovou a postura do Procurador da República, Augusto Aras, após o encerramento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ela deu nota zero, numa escala de zero a dez. “Do procurador? Zero”.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre ação da PGR depois da CPI da Covid

Orçamento Secreto

Simone Tebet afirmou na entrevista que o “orçamento secreto" é a nova forma de comprar consciência de parlamentares” e sem transparência nenhuma.

Segundo a pré-candidata, esses recursos criam uma concorrência desleal com pessoas que querem entrar na vida política e não podem competir com os parlamentares. Para Tebet, o orçamento é uma “forma de ferir a democracia”.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre 'orçamento secreto'

Formalização da candidatura

Ao comentar sobre a formalização da sua candidatura, Simone Tebet afirmou que tem “absoluta certeza” de que o MDB irá até o fim do processo eleitoral ao seu dela. Segundo ela, o nome dela foi se consolidando a partir de três reuniões da executiva do MDB e de outros partidos que declararam apoio.

"Eu não sou candidata pelo MDB, eu me apresento como pré-candidata de três partidos. O MDB tem história, o MDB tem responsabilidade, ele não vai tirar uma candidatura depois de já ter feito exatamente esse compromisso."

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre formalização da candidatura

Papel das mulheres na candidatura

Simone Tebet também abordou na entrevista a presença de mulheres na política. “Nós precisamos de mais mulheres na política”, disse.

A pré-candidata foi questionada sobre uma foto na qual aparece acompanhada de diversos políticos homens e de cor branca. A foto mostra ainda que ela, por sua vez, participa de forma remota da reunião sendo a única mulher. A pré-candidata afirmou que a foto representa a “cara da política brasileira”.

"Temos apenas 15% de mulheres na política, e não é porque mulher não se interessa em política ou porque não vota em mulher", disse.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre papel das mulheres na construção da candidatura

Machismo na política

A pré-candidata do MDB à Presidência da República em 2022 afirmou que é preciso reconhecer que o Brasil é um país violento com as mulheres. “É lamentável dizer que o Brasil é muito violento com suas mulheres”.

Ao comentar episódios de agressões políticas, Simone Tebet disse que é uma tentativa de afastar a participação feminina da política e contou que já chorou ao sofrer esse tipo de violência. “A primeira vez que cometeram essa violência contra mim, eu fui no banheiro chorar”.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre machismo e agressões na política

Apoio do marido

Simone Tebet falou sobre o apoio que recebe de seu marido, Eduardo Rocha, para a disputa eleitoral em 2022. Ela comemorou o fato do marido, que também é político, ter uma “alma feminina” e ser um “ser político por natureza”.

Segundo Tebet, Rocha afirmou que ela tem uma “missão pelo país”. “Ele, simplesmente, parou na vida pública”, disse Simone.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre apoio do marido ao seu projeto político

Eleições e as urnas eletrônicas

“Se, porventura, chegar no segundo e eu perder as eleições, serei a primeira a declarar. Isso é democracia”. Essa foi a declaração de Simone Tebet sobre uma possível derrota nas eleições.

Ela afirmou se contentar com o resultado das urnas, diferentemente das declarações controversas do presidente Jair Bolsonaro sobre a credibilidade do processo eleitoral. Além disso, Simone disse estar convicta de que estará no segundo turno.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre golpe

Reeleição

Ao responder a uma pergunta de um ouvinte do podcast O Assunto, Simone Tebet defendeu o fim da reeleição e mandato de cinco anos para presidente da República. Para a pré-candidata do MDB, a possibilidade de reeleição faz com que os presidentes topem "qualquer coisa" para se reeleger, ainda que isso "quebre" o Brasil.

"A reeleição foi um erro no Brasil. [...] E ela só serve para que, no final dos seus governos, no último ano, e foram todos, todos que passaram fizeram isso, que sejam capazes de fazer qualquer coisa, ainda que quebrar o Brasil ou quebrar estatais."

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre reeleição

Cadeia produtiva da cultura

Simone Tebet afirmou que pretende recriar o Ministério da Cultura em um possível governo. Ela defendeu ainda que algumas pastas tenham orçamento que não possam receber cortes, entre elas Cultura e Educação. Tebet afirmou: “Cultura é vida é arte, é história. Nós não podemos viver sem cultura”.

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre proposta para cadeia produtiva da cultura

Segundo turno

A pré-candidata do MDB na eleição presidencial de outubro, Simone Tebet afirmou que tem confiança de que avançará ao segundo turno. E, caso não avance para a segunda etapa do pleito, ela afirmou que estará "em um palanque eleitoral defendendo a democracia".

Veja a declaração no trecho abaixo.

Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre segundo turno
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