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Que tal um grande samba de Joyce Moreno?


Single 'Todo mundo' é amostra refinada de 'Brasileiras canções', álbum que a artista lançará em agosto com músicas inéditas como 'A palavra exata', 'Alimento', 'Nas voltas do tempo' e 'Paris e eu'. Capa do single 'Todo mundo', de Joyce Moreno

Divulgação

Resenha de single

Título: Todo mundo

Composição: Joyce Moreno

Artista: Joyce Moreno

Álbum: Brasileiras canções

Edição: Biscoito Fino

Cotação: * * * * *

? Joyce Moreno jamais procura impressionar com Todo mundo, primeiro single de Brasileiras canções, álbum gravado pela artista em março, mixado em abril e programado para ser lançado em agosto. E, por isso mesmo, a cantora, compositora e violonista carioca impressiona com a manutenção do alto padrão de qualidade de cancioneiro construído a partir dos anos 1960 e alicerçado no fim da década de 1970.

Agendado para cair na rede em single que sai em 15 de julho, em edição da gravadora Biscoito Fino, o samba Todo mundo é – a rigor – mais do mesmo por cair no já notório suingue singular do violão da artista.

A atualidade da letra – de versos como “Todo mundo quer saúde / Todo mundo quer chegar / Mais além da juventude / Eu sei / Todo mundo tem razão / Todo mundo faz questão / De uma vida menos rude / De alguma atitude que ajude... / Eu sei / Isso às vezes nos ilude / Quantas vezes chega o mal / Disfarçado de virtude” – se contrapõe ao já (re)conhecido padrão melódico e harmônico da compositora, fina estilista da canção, do samba e do samba-jazz.

Aliás, lá pelo segundo dos três minutos e 40 segundos da gravação, Todo mundo roça a swingueira do samba-jazz em arranjo sustentado pelo total entrosamento do quarteto formado por Joyce Moreno (voz e violão) com Hélio Alves (piano), Jorge Helder (baixo) e Tutty Moreno (bateria).

O formato do single é antigo, mas Todo mundo tem viço, exala vivacidade e soa novo em 2022 como a bossa que tanto moldou o caráter musical de Joyce.

Não fosse pela letra escrita com alusões às dissonâncias atuais, o samba Todo mundo poderia ter sido composto em 1977, ano do primeiro registro fonográfico de outro samba – o determinante Feminina – para o álbum Natureza, gravado pela cantora em 1977, em Nova York (EUA), com arranjos do maestro alemão Claus Ogerman (1930 – 2016).

Arquivado por questões jurídicas, este disco Natureza será enfim lançado por selo inglês neste mesmo ano de 2022 em que Joyce também põe no mundo o álbum Brasileiras canções, formatado com repertório inteiramente autoral e inédito.

Brasileiras canções é álbum que apresentará em agosto 12 músicas – na ordem do disco: Tantas vidas, Todo mundo, Brasileiras canções, O sopro do mar, A palavra exata, Nas voltas do tempo, Carnaval é..., A morte é..., Paris e eu, Quem nunca? e Alimento – feitas em era caracterizada pela artista como “um tempo de estranhezas”.

Algumas foram compostas somente por Joyce, caso de Todo mundo, samba já apresentado pela autora em live feita em 30 de abril. Outras são parcerias da compositora com Cristovão Bastos, Marcos Valle, Moacyr Luz e Tiago Torres da Silva.

A julgar pelo requinte aliciante do samba Todo mundo, as brasileiras canções de Joyce Moreno ostentarão o alto nível da safra de recentes álbuns de músicas inéditas da artista, como Tudo (2012) e Palavra e som (2016).

A cantora, compositora e violonista impressiona pela absoluta fidelidade à si mesma e, por isso mesmo, a pergunta é pertinente: que tal um grande samba de Joyce Moreno?

G1

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