Edital do 5G, aprovado no ano passado, prevê que empresas vencedoras levem internet a escolas públicas. Operadoras terão de investir, ao todo, R$ 3,1 bilhões. Edital previa como contrapartida às empresas vencedoras dos lotes da faixa de 26 gigahertz a obrigação de levar internet de qualidade às escolas públicas de educação básica do país. As operadoras terão de investir, ao todo, R$ 3,1 bilhões.
O Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o projeto-piloto para levar internet a 181 escolas com recursos do leilão do 5G, realizado em novembro do ano passado.
O projeto-piloto ainda terá de ser aprovado pelo conselho diretor da agência para poder ser implementado. Em maio, o conselheiro Vicente Aquino, presidente do Gape, estimou que os testes deveriam começar em setembro.
O edital do leilão do 5G previa como contrapartida às empresas vencedoras dos lotes da faixa de 26 gigahertz a obrigação de levar internet de qualidade às escolas públicas de educação básica do país. As operadoras terão de investir, ao todo, R$ 3,1 bilhões. O custo somente do projeto-piloto ainda não foi divulgado pela Anatel.
Projeto-piloto
O projeto-piloto deve ser implementado em 181 escolas de dez cidades, sendo duas por cada região do país.
Segundo o Gape, as escolas escolhidas têm diferente perfis, justamente para simular os desafios que serão enfrentados quando for ampliado o número de instituições de ensino que serão atendidas pelo programa.
Foram escolhidas para a fase de testes escolas sem internet, sem energia, com internet insuficiente, sem rede interna Wi-Fi, sem laboratório de computação e de localidades indígenas, quilombos e assentamentos.
Essas escolas serão equipadas com a tecnologia necessária para garantir acesso à internet de qualidade a professores e alunos. Se for o caso, diz o Gape, será instalado também laboratório de informática e rede de energia elétrica.
As escolas selecionadas para o projeto-piloto ficam nos seguintes municípios:
Pau D"Arco (PA): 11 escolas
Espigão do Oeste (RO): 22 escolas
Baía da Traição (PB): 17 escolas
Santa Luzia do Itanhy (SE): 22 escolas
Gaúcha do Norte (MT): 15 escolas
Cavalcante (GO): 24 escolas
Berilo (MG): 24 escolas
Silva Jardim (RJ): 21 escolas
Entre Rios (SC): 10 escolas
Domingos Soares (PR): 15 escolas
Ainda segundo o Gape, a partir da definição dos municípios e escolas do projeto, será possível agrupar as escolas brasileiras por tipo (sem energia, sem internet, com internet insuficiente, sem rede interna ou sem laboratório de informática), estimar os custos de atender a cada tipo de escola e propor cronograma de entrega das escolas.
O que é o Gape
Criado pela Anatel, o Gape é composto por representantes da agência, dos ministérios das Comunicações e da Educação e por um representante de cada uma das vencedoras da faixa de 26 GHz do leilão do 5G. A presidência do Gape é do conselheiro Vicente Aquino, da Anatel.
O grupo foi criado pela Anatel para justamente definir e acompanhar o projeto de conectividade das escolas, uma das contrapartidas do leilão do 5G.