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UFU e UFTM preveem 'cenário difícil' e 'mais restritivo' em 2023 após corte de verbas

Por G1 em 21/08/2022 às 14:03:23
Universidades federais tiveram bloqueio de 7,2% das verbas discricionárias em 2022. Vista aérea da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Prefeitura Universitária/UFU

Com o bloqueio de 7,2% das verbas discricionárias para as universidades federais em 2022, divulgado em junho, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Triângulo Mineiro (UFTM) preveem um fim de ano de déficit e um 2023 ainda mais difícil.

Os valores de gastos discricionários são aqueles ligados aos outros custeios e os investimentos na universidade, como em gastos de energia elétrica, contratos de limpeza e de segurança. É em relação a esse valor que o corte foi feito pelo Governo. Esse corte chegou a ser de 14,5%, porém, foi reduzido para 7,2%.

Na UFU, essa porcentagem corresponde a R$ 9,56 milhões cotados na unidade, enquanto na UFTM, o corte representou o valor de R$ 3,18 milhões.

Mesmo com os cortes, a UFU apontou que não foi preciso fechar laboratórios, nem reduzir pesquisar e limitar atividades. A universidade, porém, deve finalizar o ano com déficit, correspondente ao valor do corte.

O valor em questão, antes do bloqueio, já era 10% menor que o planejado para o ano. Em entrevista ao g1 em fevereiro, o pró-reitor de Planejamento e Administração, Darizon Alves, avaliava o cenário como “administrável”.

"A expectativa é que vamos ter uma despesa, no discricionário, em torno de 10% maior do que a que veio. Então temos que economizar, temos de ajustar, para fazer chegar no "zero a zero" no fim do ano”, disse Alves em fevereiro de 2022.

Na UFTM, a Divisão de Gestão Orçamentária aponta que: "caso não haja novos cortes, não há risco de as atividades serem interrompidas ou que despesas contratuais sejam descumpridas". Contudo, é possível que a aquisição de materiais de consumo e permanentes sejam menores em relação ao previsto anteriormente.

Cenário para 2023

Já em relação a 2023, o panorama é pior segundo as universidades, principalmente por aquilo que foi apresentado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, que ainda deve ser encaminhada ao Congresso Nacional.

"A perspectiva é que o cenário de 2023 seja ainda mais restritivo do que 2022. Tal fato exige, inevitavelmente, ações da UFTM ainda durante este exercício para minimizar os impactos de uma redução de orçamento no próximo ano, sendo necessário um esforço adicional na otimização dos recursos públicos e na priorização das despesas", disse a UFTM em nota.

Já a UFU classifica 2023 como um "cenário difícil', segundo eles "a proposta de orçamento para a LOA com valores de orçamento discricionário reduzido em aproximadamente 5% quando comparado com o da LOA 2022".

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

UFTM/Divulgação

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Fonte: G1

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