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Consignado do INSS: governo decide na segunda-feira futuro da taxa de juros

Por G1 em 17/03/2023 às 12:55:15
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, convocou para segunda-feira (20) uma reunião com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Previdência Social, Carlos Lupi, para decidir o futuro do crédito consignado para aposentados. Bancos suspenderam essas operações após o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduzir a taxa de juros máxima, de 2,14% para 1,7%.

Entre as medidas a serem discutidas na reunião de segunda, está o recuo temporário do governo na decisão do conselho, retomando a taxa de 2,14%, até que sejam feitos estudos técnicos sobre a viabilidade financeira da redução da taxa para um patamar viável.

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No encontro, também deve ser anunciada a criação de um grupo de trabalho para analisar o caso.

Mentor da ideia, o ministro Carlos Lupi foi criticado no Palácio do Planalto por não ter submetido a proposta à Casa Civil e ao Ministério da Fazenda, exatamente para avaliar a viabilidade técnica e financeira da medida.

Os bancos privados, ao decidirem pela suspensão dessas operações para aposentados, alegaram que uma taxa máxima de 1,7% gera, na média, prejuízo para as instituições financeiras.

Os bancos públicos Banco do Brasil e Caixa também decidiram, na quinta-feira (16), suspender novos créditos na modalidade, em que o desconto da prestação é feito diretamente na folha de pagamento.

Nesta sexta-feira (17), as instituições fizeram um adendo às decisões. Informaram que estão suspendendo os procedimentos para uma avaliação sobre os impactos da decisão do CNPS no custo dessas operações.

Lula demonstrou, nesta semana, em reunião com sua equipe ministerial, irritação com ministros que não submetem propostas à Casa Civil, para análise da sustentabilidade da medida.

O recado era exatamente para Lupi e, também, para o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que anunciou o programa "Voa, Brasil", que garantiria a alguns grupos passagens aéreas a R$ 200.

Agora, assessores presidenciais dizem que o presidente Lula ficou numa situação incômoda. Se mantiver a decisão, pode correr o risco de fazer minguar o crédito para os aposentados. Se recuar, será criticado por voltar atrás depois de pressões de bancos, sempre criticados por petistas.
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