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'Infelizmente é comum', diz promotor do Gaeco sobre vazamento de operação conjunta com o Paraguai

Lincoln Gakiya falou à GloboNews nesta segunda-feira (3) sobre operação frustrada para prender o megatraficante Antônio Joaquim Mota.

Por G1 em 03/07/2023 às 18:48:37
Lincoln Gakiya falou à GloboNews nesta segunda-feira (3) sobre operação frustrada para prender o megatraficante Antônio Joaquim Mota. Investigadores brasileiros suspeitam que a polícia do Paraguai vazou a informação para o criminoso, permitindo que ele fugisse. 'Infelizmente é comum', diz promotor do Gaeco sobre vazamento de operação conjunta com o Paraguai

Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, nesta segunda-feira (3), o promotor de Justiça Lincoln Gakiya disse que é comum que haja vazamento de informações em operações conjuntas das polícias brasileiras e de países fronteiriços.

Como o blog publicou, investigadores brasileiros suspeitam que a informação de que seria feita uma operação para prender o megatraficante Antônio Joaquim Mota foi vazada pela polícia do Paraguai, permitindo que ele fugisse da propriedade rural em que estava, na fronteira entre Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, antes da chegada da polícia.

"É muito difícil, quando se trata desses narcotraficantes de grande poder aquisitivo, como é o caso do Motinha, Antonio Joaquim Mota, que eles realmente têm um poder de corrupção muito grande", afirmou Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco). Segundo o promotor, já houve casos em que criminosos ligados a grandes facções tinham proteção de policiais em países como Paraguai e Bolívia.

Mercenários como seguranças

'Mercenários fazem a segurança dos grandes narcotraficantes', diz promotor

Questionado sobre a presença de paramilitares na proteção pessoal de narcotraficantes, o promotor disse que isso não é incomum.

"Temos situações de militares ou ex-militares, principalmente da antiga União Soviética e também da África, que acabam vindo para a América do Sul servir como mercenários do crime, e normalmente eles fazem a segurança de carregamento de drogas e até mesmo dos chefões, dos barões da droga, dos grandes narcotraficantes", disse Gakiya.
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