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Relatora da CPI dos Atos Golpistas mira dados de citados por hacker

Eliziane Gama (PSD-MA) quer acessos a informações financeiras de Carla Zambelli (PL-SP), assessores da deputada, e de militares citados por Walter Delgatti Neto na CPI.

Por G1 em 22/08/2023 às 08:23:36
Eliziane Gama (PSD-MA) quer acessos a informações financeiras de Carla Zambelli (PL-SP), assessores da deputada, e de militares citados por Walter Delgatti Neto na CPI. Sessão desta terça (22) será para votação de requerimentos. Justiça Federal condena hacker Walter Delgatti a 20 anos de prisão

A relatora da CPI dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), quer ter acesso a dados financeiros – como quebras de sigilo e relatórios do Coaf – e a e-mails de pessoas citadas pelo hacker Walter Delgatti Neto, em depoimento à comissão, na semana passada.

Nesta terça-feira (22), a CPI se reúne para votar requerimentos dos integrantes. A relatora mira em dados da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e de assessores dela – de quem o hacker diz ter recebido pagamentos.

Também devem ser alvo os militares citados por Delgatti na CPI. Segundo o hacker, eles o recebiam pela porta dos fundos no Ministério da Defesa – para esconder a chegada dele ao ministério.

Delgatti Neto afirmou à CPI que, nesses encontros, "orientou" a íntegra do conteúdo do relatório do Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em novembro de 2022, após as eleições presidenciais.

O hacker disse que se reuniu cinco vezes no Ministério da Defesa com técnicos da pasta, e que a posição final do ministério sobre a confiabilidade do sistema eleitoral foi definida por ele. Ele disse também que participou dessas reuniões a pedido do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Delgatti Neto repetiu as informações ditas na CPI em depoimento à Polícia Federal, também na última semana. Os investigadores e a comissão buscam provas de que essas reuniões foram, de fato, realizadas.

Na segunda-feira (21), o hacker foi condenado a 20 anos e 1 mês de prisão na Operação Spoofing, que investiga vazamento de conversas de autoridades ligadas à Operação Lava Jato.
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