O presidente da República, Lula, e o governador de SP, Tarcísio de Freitas
Fábio Tito/g1 e Celso Tavares/g1
A greve do metrô e dos trens em São Paulo nesta terça-feira (3) é um teste para a agenda liberal do governador Tarcísio Gomes de Freitas.
Desgastado recentemente pela crise na segurança, o governador defende a desestatização do metrô e dos trens em São Paulo, o que gerou a reação dos trabalhadores, ligados ao PT principalmente.
É uma agenda que agrada a classe média alta, mas gera tensão e preocupação entre eleitores que majoritariamente não votam no governador de São Paulo.
O tema da privatização é abraçado por Republicanos, partido de Tarcísio, e também por PP e PL.
Já o PT está cada vez mais contrário ao assunto. O governo Lula, desde que tomou posse, decidiu travar a venda de ativos da União, retirando do programa de desestatização empresas como Correios e Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Marginal Tietê registra congestionamento nesta terça-feira (3) com greve da CPTM e Metrô
A paralisação desta terça faz parte desta guerra política entre esses dois grupos, já mirando a disputa pela Prefeitura de São Paulo no próximo ano.
Tarcísio Gomes de Freitas incluiu o tema nas suas propostas de campanha eleitoral pelo governo de São Paulo. O PT sempre foi avesso à privatização.
O risco para o PT e PSOL é a greve gerar muita insatisfação num público que vota majoritariamente nos dois partidos.
Não por outro motivo o governador de São Paulo tem afirmado que a população trabalhadora da capital está sendo prejudicada pela greve do metrô e dos trens, enquanto seus opositores alegam que a privatização vai gerar tarifas mais altas e serviço de baixa qualidade.
