CPI contra padre Julio Lancelotti 'é péssima', avalia ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) define a medida como um precedente ruim e perigoso para a liberdade religiosa. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), no plenário da Câmara, em imagem de 30 de março

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica e atual segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, criticou a iniciativa de vereadores paulistas de investigar o padre Julio Lancelotti.

"Não se pode misturar a pessoa física com suas funções sacerdotais. Isso é péssimo, pois fere a liberdade religiosa", afirmou Sóstenes, que é um dos parlamentares mais influentes da bancada evangélica.

O deputado ressaltou que nenhum líder religioso, como pessoa física, está imune a investigações, seja da polícia, do Ministério Público ou mesmo de uma CPI. Mas como defensor da liberdade religiosa, não vê com bons olhos quando "se parte para cima de alguém por conta de suas funções sacerdotais".

O deputado alegou que não conhece detalhes dos fundamentos para o pedido de investigação contra o padre, mas que sua primeira avaliação é de que se trata de um precedente ruim e perigoso para a liberdade religiosa.