Atual secretário-executivo se reuniu com Flávio Dino nesta quinta-feira em Brasília. "Não pedi demissão", diz. Interventor da segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.
Reprodução/TV Globo
Secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli vai sair de férias nesta quinta-feira (11), após se reunir com o atual ministro, Flávio Dino (PSB). A reunião aconteceu nesta manhã em Brasília. Cappelli tem futuro incerto na pasta com o anúncio iminente de Ricardo Lewandowski.
Antes do encontro, fontes confirmaram ao blog que ele não pediria demissão no encontro que faz com Dino e que Cappelli vai aguardar movimentações do futuro ministro antes de decidir o seu futuro. Ao blog da Ana Flor, Cappelli disse que não permanecerá na pasta com a saída de Dino.
Ao sair da reunião com Dino, por volta de 11h, Cappelli usou a rede social X, ex-Twitter, para dizer que não entregou o cargo.
"Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. União e Reconstrução", publicou, usando por fim o lema do governo Lula 3.
A discussão sobre a formação da equipe de Lewandowski ainda continua e não está descartada a possibilidade de Cappelli continuar no ministério. Lula vê com bons olhos o seu nome por ter sido interventor na segurança pública do Distrito Federal, após os ataques do 8/1, e chefe interino do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República.
Com a nomeação do futuro novo ministro, o governo vai continuar com as articulações de modo que Lewandowski monte a sua própria equipe, mas com a possibilidade de que Cappelli seja contemplado. Segundo aliados de Cappelli, a única saída seria ele permanecer na secretaria executiva. A partir de agora, a questão será se o Lewandowski aceitará ter o número 2 de Dino neste posto.
Na visão de aliados, Cappelli tem pouca capacidade de articulação e de execução na Secretaria Nacional de Segurança Pública. Seria um lugar possível de ele ocupar caso fosse reforçada com o Fundo Penitenciário Nacional e com as polícias Federale Rodoviária Federal, o que é um cenário improvável.
A intenção de Cappelli, ainda como secretário-executivo, é tirar férias para descansar e voltar ao Ministério para fazer a transição de comando entre Dino e Lewandowski. Cappelli estava entre os cotados para assumir o comando do ministério, mas Lula optou pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ex-integrante do Supremo, Lewandowski deve ser anunciado como substituto de Flavio Dino no ministério após reunião com Lula, às 11h desta quinta. Dino irá ocupar uma vaga no próprio Supremo.