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Carnaval de Daniela Mercury ganha calor em disco ao vivo sem atenuar irregularidade do repertório da artista

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Por G1 em 11/02/2024 às 12:20:36
? OPINIÃO – Autoproclamada rainha do axé, Daniela Mercury tem discografia irregular, mas, nos registros ao vivo de shows, a obra fonográfica da cantora e compositora baiana tende a ficar mais imponente. Com exceção de Elétrica (1998), álbum que soou frio e pareceu retocado em estúdio, a discografia ao vivo da artista tem calor.

Álbum ao vivo que compila números captados em 2023 por Daniela nas folias de Salvador (BA) e São Paulo (SP), Eu sou o Carnaval (2023) irradia a alta temperatura das apresentações da cantora.

Lançado em 14 de dezembro, o disco ostenta no título Eu sou o Carnaval um verso da letra de O canto da cidade (Tote Gira e Daniela Mercury, 1992), megahit que impulsionou a carreira da artista há 32 anos como faixa-título de álbum blockbuster formatado pelo produtor musical Marco Mazzola.

A questão é que o disco também reflete a crescente irregularidade do repertório da cantora, que vem de álbum pálido, Baiana (2022).

Em 21 faixas, Daniela dá voz a 23 músicas que abarcam três décadas, indo de 1992 a 2022. No player ou no trio, o fato é que as músicas mais recentes do repertório da artista perdem no confronto com sucessos antigos como Rapunzel (Alaim Tavares e Carlinhos Brown, 1996), Maimbê Dandá (Carlinhos Brown e Mateus Aleluia, 2004) e Levada brasileira (Pierre Onassis e Edilson, 2005).

Para os súditos da autoproclamada rainha, tudo surte efeito no roteiro perpetuado no álbum Eu sou o Carnaval. Contudo, a recorrência da cantora ao repertório do álbum Baiana enfraquece o registro da folia, ainda que, em cima do trio elétrico, Daniela Mercury realmente faça jus ao título do disco ao vivo.

Capa do álbum ao vivo 'Eu sou o Carnaval', de Daniela Mercury

Reprodução

Fonte: G1

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