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Presidente de honra do Memorial do Holocausto convidará Lula para visitar o museu

O convite é reação às falas de Lula que, no domingo (18), afirmou que o está acontecendo na Faixa de Gaza só "existiu quando Hitler resolveu matar os judeus".

Por G1 em 19/02/2024 às 13:31:30
Foto: Reprodução internet

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O convite é reação às falas de Lula que, no domingo (18), afirmou que o está acontecendo na Faixa de Gaza só "existiu quando Hitler resolveu matar os judeus". 'O que o presidente Lula fez foi ofender Israel', diz Daniel Sousa

A presidente de honra do Memorial do Holocausto, Teresa Bergher convidará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para visitar o museu inaugurado em 2023, no Rio de Janeiro.

"Será uma oportunidade para o presidente ver de perto o que foi Holocausto, que não vitimou apenas o povo judeu, mas também ciganos, negros, doentes mentais e opositores do nazismo, especialmente os comunistas", explicou Teresa, que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara do Rio de Janeiro.

O convite é uma reação às falas de Lula que, no domingo (18), afirmou que o está acontecendo na Faixa de Gaza só "existiu quando Hitler resolveu matar os judeus".

Mais de 24 mil pessoas já morreram no conflito, que começou no início de outubro de 2023.

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O petista fez a afirmação após ser questionado sobre a decisão de alguns países de suspender repasses financeiros à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) — entenda mais abaixo o que está acontecendo com a agência.

Lula deu as declarações durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou nos últimos dias da 37ª Cúpula da União Africana e de reuniões bilaterais com chefes de Estado do continente.

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O convite será formalizado ainda hoje e foi discutido esta manhã e aprovado por unanimidade pelos responsáveis pelo Memorial, entre eles o presidente Jayme Salomão, a vice Alain Deveza, o presidente do Conselho Deliberativo, Michel Gotlieb, além do fundador do memorial Ary Bergher.

Ainda no domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que convocaria o embaixador brasileiro para "uma dura conversa de repreensão", após a fala de Lula.

"As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender", disse Netanyahu, em uma publicação neste domingo (18) no X (antigo Twitter).

Nesta segunda-feira (19), o governo israelense declarou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como "persona non grata" —isso quer dizer que o presidente brasileiro não é mais bem-vindo em Israel.

O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, classificou como absurda a decisão de Israel de declarar Lula "persona non grata" após o presidente comparar as mortes de palestinos em Gaza ao Holocausto.

"Isso é coisa absurda. Só aumenta o Isolamento de Israel. Lula é procurado no mundo inteiro e no momento quem é [persona] non grata é Israel", disse Amorim ao blog nesta segunda-feira (19), ressaltando que se trata de uma opinião pessoal por ainda não ter falado com Lula.

O blog ouviu também assessores do Planalto, fontes do Itamaraty e integrantes do PT. Fontes disseram que o presidente está certo em criticar mortes de palestinos, mas que declaração foi 'falta de freio' e que "nada é comparável ao Holocausto".
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