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Cartão de crédito: No 1º mês de medida que limita dívida, taxa de juros tem forte queda

Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo recuaram de 442,1% ao ano, em dezembro, para 415,3% ao ano em janeiro deste ano, informou o Banco Central nesta sexta-feira (8).

Por G1 em 08/03/2024 às 09:07:27
Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo recuaram de 442,1% ao ano, em dezembro, para 415,3% ao ano em janeiro deste ano, informou o Banco Central nesta sexta-feira (8).

Com o forte recuo de 26,8 pontos percentuais no início deste ano, a taxa de juros dessa modalidade de crédito atingiu o menor patamar desde dezembro de 2022, quando estava em 411,9% ao ano. A série histórica do BC tem início em março de 2011.

Apesar da queda da taxa de juros em janeiro deste ano, a inadimplência destas operações continua extremamente alta. Segundo o BC, 53,9% das operações estavam inadimplentes em janeiro deste ano, ou seja, mais da metade.

Limitação da dívida

Janeiro foi o primeiro mês de validade da decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), divulgada no fim do ano passado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que limita o valor total da dívida dos clientes no cartão de crédito rotativo. A medida começou a valer em 3 de janeiro.

Por exemplo: Se a dívida for de R$ 100, por exemplo, a dívida total, com a cobrança de juros e encargos, não poderá exceder R$ 200. O custo do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), entretanto, está fora desse cálculo. Isso vale somente para débitos contraídos a partir de janeiro.

No início desta semana, durante evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou que a solução adotada pelo CMN de limitar a dívida do cartão de crédito - que já havia sido aprovada anteriormente pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula - é temporária.

"A gente precisa ainda estudar esse assunto, ver como vai fazer de uma forma equilibrada. Começamos a ver a inadimplência melhorando, é um bom sinal (...) Não temos uma solução hoje, avaliamos várias soluções., temos uma solução de curto prazo que melhorou um pouco, a gente precisa entrar em um entendimento", declarou o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Juros bancários

Fonte: G1

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