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Em mais um gesto de aproximação, Nunes e Bolsonaro almoçam em SP

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Por G1 em 26/03/2024 às 18:55:39
Durante o encontro, participantes falaram sobre eleições; ex-presidente tende a apoiar prefeito à reeleição. Ricardo Nunes (segundo da esquerda para a direita) e Jair Bolsonaro durante almoço em SP

Divulgação

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, almoçou nesta terça (26) com o ex-presidente Jair Bolsonaro em São Paulo.

O encontro foi na casa do advogado e assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, e teve a participação dos deputados estaduais Lucas Bove (PL) e Gil Diniz (PL), do presidente estadual do PP, Maurício Neves, do prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado (PL) e do coronel Mello Araújo, ex-comandante da Rota cotado para vice de Nunes, entre outras pessoas.

A GloboNews apurou que o almoço durou em torno de três horas e que os presentes falaram sobre eleições municipais. Participantes dizem que teria sido uma conversa mais geral, sem definições sobre vice na capital, por exemplo.

Um deles diz que Bolsonaro estaria flexível quanto à escolha do nome para compor a chapa, mas que a percepção é de que o ideal é esperar o resultado de pesquisas para tomar a decisão. Diz ainda que Bolsonaro teria demonstrado alinhamento com Nunes.

Trata-se de mais um gesto de aproximação entre o prefeito da capital paulista e o ex-presidente, após uma série de cobranças por acenos de Nunes por parte de bolsonaristas. Interlocutores dizem que Bolsonaro deve apoiar, de fato, a reeleição do prefeito, e o PL fica com a escolha do vice.

Nesta segunda, estiveram juntos em dois eventos: na filiação da secretária de Políticas para a Mulher de São Paulo, Sonaira Fernandes, ao PL e à cerimônia no Theatro Municipal de entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.

O evento de filiação de Sonaira contou com a participação também do governador Tarcísio de Freitas e outros políticos. Com a troca do Republicanos pelo PL, o nome de Sonaira ganha força para a vice, apesar de não ser o favorito, segundo fontes. Além dela e do coronel Mello Araújo, são cotados também para a chapa o secretário de Relações Internacionais de São Paulo, Aldo Rebelo, e a delegada Raquel Gallinati.

Na cerimônia de ontem, Bolsonaro disse que o PL quer crescer e que "essa rede de arrasto não vai pegar só vereador e deputado, não", mas que também pode "pegar um prefeito, um governador, uns peixes mais graúdos". A declaração é dada em meio a pressões para que Tarcísio troque o Republicanos pelo PL, um movimento dado como certo por interlocutores, mas que não deve ser concretizado agora.

Michelle também disse que fez um convite para o governador. "Falei, Tarcísio, vem você para o PL também, vem", cantando um jingle do partido. A ex-primeira dama recebeu o título de cidadã paulistana em cerimônia no Theatro Municipal, realizada mesmo após proibição da Justiça.

Para contornar a decisão judicial, o vereador Rinaldi Digilio (União) decidiu pagar R$ 100 mil para usar o espaço, com recursos obtidos por meio de empréstimo bancário, segundo ele.

Mas a oposição contesta, alegando que houve descumprimento de decisão judicial.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL) afirmou que procolaria um pedido de abertura de processo criminal contra Digilio, o prefeito e o diretor da Fundação Theatro Municipal por desobediência de decisão judicial e improbidade administrativa. A Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal também entrou com uma representação na Justiça contra Nunes.
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