Banner 1 728x90

Lula critica previsões de 'pessimistas' para economia e cobra empenho de ministros na relação com o Congresso

Presidente deu as declarações em meio a uma crise da articulação política do governo com o Legislativo.

Por G1 em 22/04/2024 às 12:51:21
Foto: G1 - Globo.com

Foto: G1 - Globo.com

Presidente deu as declarações em meio a uma crise da articulação política do governo com o Legislativo. Em discurso, petista não citou Padilha, alvo de ataques de Arthur Lira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta segunda-feira (22) previsões de "pessimistas" sobre a economia brasileira. O petista também cobrou empenho de ministros na relação com o Legislativo, para aprovação de medidas de interesse do governo.

Lula deu as declarações durante evento no Palácio do Planalto de lançamento de um programa de renegociação de dívidas de microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas, o "Desenrola Para Pequenos Negócios".

"Eu quero alertar os pessimistas: esse país vai crescer mais neste ano mais do que vocês falaram até agora, os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora, a massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora", afirmou o presidente.

Em meio a uma crise da articulação política do governo com o Congresso, Lula cobrou empenho dos ministros na negociação com deputados e senadores, para a aprovação das propostas prioritárias para o Executivo.

"O [Geraldo] Alckmim tem que se mais ágil, tem que conversar mais. O Fernando Haddad tem que, ao invés de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington [Dias], o Rui Costa, passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B", disse Lula.

"É difícil, mas a gente não pode reclamar, a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política", completou o petista.

No pronunciamento, Lula citou os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Alckmin), da Fazenda (Haddad), do Desenvolvimento e Assistência Social (Wellington Dias) e da Casa Civil (Rui Costa).

O presidente, no entanto, não mencionou Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. Cabe ao ministro fazer a interlocução do Executivo com o Legislativo.

Nas últimas semanas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deixou evidente a insatisfação com Padilha. O parlamentar alagoano afirmou que o ministro é um "desafeto pessoal" e o chamou de "incompetente".

Em resposta, o ministro disse que não desceria "a esse nível". Já o presidente Lula afirmou que, "só por teimosia", manteria Padilha no cargo.

Na última sexta-feira (19), o presidente convocou uma reunião de emergência com líderes do governo no Congresso a fim de encontrar maneiras para melhorar a relação entre os Poderes.

Após a reunião, Padilha negou a existência de uma crise com o parlamento e disse que as dificuldades estavam superadas.

O PT, partido de Lula, tem atualmente 68 dos 513 deputados e depende da aliança com os partidos do Centrão para aprovar projetos de interesse na Câmara. A situação é similar no Senado, onde o PT tem no momento oito dos 81 parlamentares.
Comunicar erro

Comentários