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Mês dos namorados: qual é a melhor forma de dividir contas e ganhos no relacionamento?

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Por G1 em 05/06/2024 às 04:32:30
Podcast Educação Financeira mostra se é mais indicado juntar ou dividir as finanças com o parceiro. Qual a melhor forma de dividir as contas em casal?

Basta um casal começar a morar junto para que entre em pauta uma questão que afeta a vida financeira de qualquer um: como dividir as contas e os ganhos dentro do relacionamento?

Segundo dados da Noh, uma fintech de finanças para casais, 80% dos casais preferem juntar todas as rendas e gastos.

Já 20% deles optam por dividir. Desse número, 60% escolhem dividir os boletos por igual e 40% dividem proporcional ao salário ou aos gastos.

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A influenciadora Gabi Rezende e seu marido, Thiago Costa, fazem parte do primeiro grupo. Em entrevista ao podcast Educação Financeira desta semana, Gabi conta que possui uma conta conjunta em que ela e o parceiro depositam todos os ganhos de cada mês. Com esse dinheiro, eles pagam as contas da casa e utilizam o que sobra para fazer investimentos individuais.

Já o casal Michele e Bruno Passa, que são casados, afirmaram não possuem conta conjunta e que adotaram, desde o início do relacionamento, uma organização financeira diferente: apesar de terem contas bancárias separadas, os dois sabem as senhas um do outro e, com isso, podem fazer compras em qualquer cartão da família.

"Não é sobre de quem o dinheiro é. O que importa é termos consciência de que todo dinheiro é nosso. A gente nunca juntou e nem separou, foi uma conexão genuína que aconteceu" diz Bruno.

Além das histórias dos influenciadores, o episódio também traz dicas da Ana Zucato, fundadora da Noh, que abordou as melhores maneiras de cuidar das finanças dentro de um relacionamento, de forma a evitar as famosas "DRs" (discussões da relação).

OUÇA O PODCAST ABAIXO:

Gabi Rezende e Thiago Costa: "Temos uma conta conjunta"

Gabi Rezende e o marido, Thiago

Arquivo pessoal

Antes do casamento, a criadora de conteúdo Gabi Rezende e o especialista em finanças Thiago Costa já moravam juntos. Nessa época, eles optavam por pagar as contas dividindo os valores por igual, já que possuíam um salário parecido.

Mas após se tornarem oficialmente casados, Gabi e Thiago preferiram fazer uma conta conjunta. Nela, colocam todas as rendas do casal e dividem proporcionalmente os gastos conforme a renda de cada um.

"Todo salário que recebemos a gente transfere para essa conta. Com ela, nós pagamos tudo o que é despesa, que vão desde as despesas comuns dos dois, mas também as despesas únicas, como, por exemplo, a minha fatura do cartão de crédito", relata a influenciadora.

Depois de quitarem todos os débitos mensais, o casal separa por igual o dinheiro que sobra. Com ele, cada um pode investir ou gastar da forma que preferir.

Nesse caso, se um dos dois quiser realizar uma compra mais cara em um mês, em um montante que tomaria, inclusive, a parte do outro, aquele valor deve ficar como débito no próximo mês.

"Vamos supor que sobrou R$ 5 mil e eu quero pagar um curso de R$ 5 mil. Então nesse mês eu vou poder gastar esse valor, mas no próximo mês o Thiago vai ter a possibilidade de utilizar a mesma quantidade", informou a influenciadora.

Atualmente, o casal passa por uma grande mudança em sua vida financeira: os dois vão morar nos Estados Unidos porque Thiago irá fazer uma nova especialização. Nesse período, Gabi será a única responsável financeira do casamento.

"A gente vai ter que começar a se virar com um salário bem menor, pois só eu vou sustentar a casa. Nós vamos precisar pegar um empréstimo para pagar o MBA dele também. Nesse momento, os dois precisam estar bem alinhados, pois a nossa qualidade de vida vai baixar muito", alegou Rezende.

Michele e Bruno Passa: "Nós não separamos o dinheiro"

Michele Passa e o marido, Bruno, com a filha e o cachorro do casal

Arquivo pessoal

Os influenciadores Michele e Bruno Passa estão juntos há mais de 12 anos, e possuem uma filha de seis anos. Grande parte da renda da família vem dos conteúdos da internet, trabalho que proporcionou a eles uma qualidade de vida melhor.

Sobre a organização financeira, eles não possuem uma conta conjunta e, assim, cada um tem seu banco individual. No entanto, ambos sabem as senhas e movimentações financeiras um do outro, pois acreditam que, mesmo separados, "o dinheiro é um só".

"Nós não separamos o dinheiro para delimitar a quantidade certa para cada um. O dinheiro é nosso. A gente sempre fez o que quis individualmente e, ao mesmo tempo, fez o que precisava fazer em conjunto", afirmou a influenciadora.

O casal utiliza uma planilha para estipular a quantidade de gastos adequada para cada mês. Nessa dinâmica, eles conseguem realizar os desejos individuais – como comprar um tênis, curso ou maquiagem, por exemplo – de acordo com o limite determinado.

Michele e Bruno alegaram que conversar sobre planejamento financeiro não era comum para eles, principalmente no começo da relação. Eles se conheceram em 2011, época em que os dois faziam estágio e ganhavam pouco mais de um salário mínimo.

O casal vivia no limite do orçamento e conseguia poupar uma quantidade pequena de dinheiro. Mesmo assim, eles passaram a adotar uma estratégia para aumentar o crescimento das finanças:

"Algo que funcionou para a gente é que nós sempre tivemos uma meta seguinte. Por exemplo, nossa primeira casa foi uma quitinete alugada, mas conseguimos guardar dinheiro para conseguir mudar para uma casa melhor a cada ano", declarou Michele.

Como dividir contas e ganhos em casal

Conforme Ana Zucato, fundadora da Noh, não existe uma única forma correta de divisão das contas em casal, pois isso vai depender da maturidade, da quantidade de dinheiro e dos combinados de cada relacionamento.

Casais de namorados são os que preferem manter as contas separadas, à medida que não possuem grandes responsabilidades juntos, como um filho ou animal de estimação.

Já aqueles que preferem juntar as contas, geralmente, são os casais que possuem rendas parecidas, que casaram ou que estão juntos há muito tempo.

O recomendado é que o casal seja transparente e busque conversar sobre quanto cada um ganha, gasta e almeja financeiramente para, assim, poderem chegar em um consenso.

Essa decisão também precisa ser justa, de acordo com a renda e os gastos dos dois.

"As pessoas possuem salários diferentes, principalmente as mulheres, que podem receber menos que os homens. Se a mulher receber, por exemplo, quatro vezes menos que o seu parceiro, e ainda dividir as contas por igual, ela vai ter a sensação de que não sobra dinheiro", explicou a especialista.

Nem só de boletos vive um relacionamento. Para as pessoas que preferem unir os ganhos, é essencial separarem uma renda para a realização dos sonhos e desejos individuais.

Sobre isso, Zucato afirma que o casal precisa ter planejamento financeiro, feito por planilhas ou aplicativos, para que seja possível "ver para onde o dinheiro está indo".

"Nesse momento pode ocorrer um problema de falta de visibilidade e organização, onde um pode acusar o outro de gastar demais, vira 'um disse me disse'. O meu conselho é: tenham fidelidade e sejam transparentes", indicou.

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Fonte: G1

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