Miranda Derrick, dançarina que tem história contada no documentário, afirma que desde o lançamento da obra, 'sua vida está em perigo' e diz que tem recebido ameaças de morte. Miranda Derrick, dançarina que está no centro da história contada pelo documentário "Dançando para o diabo"
Reprodução/Instagram
"Dançando para o diabo" foi lançado no dia 29 de maio, no Netflix. E, desde então, a dançarina Miranda Derrick, que tem sua história contada no documentário, afirma que "sua vida e de seu marido estão em perigo".
O documentário, dividido em três episódios, conta a história de um grupo de dançarinos do TikTok que entrou para a agência de gestão de carreiras 7M. A empresa é comandada por Robert Shinn, que também é pastor da igreja chamada Shekinah.
A série reúne depoimentos de ex-membros e familiares, afirmando que o grupo fazia parte de uma seita e expondo as táticas da organização. Apontado como líder da seita, Shinn é acusado de abuso sexual por várias mulheres ao longo do documentário, além de tirar vantagens financeiras de seus clientes.
Ameaças de morte
Desde que a série foi ao ar, Miranda Derrick, que está entre o grupo de dançarinos, afirma que tem recebido ameaças de morte.
"Eu sei que normalmente eu não faço esse tipo de conteúdo. Mas eu preciso ser transparente e até um pouco vulnerável com vocês. Agora que esse documentário foi lançado, sinto que nossas vidas foram colocadas em risco. Nós estamos sendo seguidos em nossos carros, recebendo emails com mensagens de ódio, ameaças de morte, pessoas estão nos enviando mensagens dizendo para que a gente cometa suicídio, estamos sendo stalkeados", afirma Miranda.
A dançarina e o marido, James Derrick, são membros da igreja desde 2020. E desde 2021, são empresariados pela 7M.
A família afirma que Miranda cortou laços com eles desde que se envolveram com Shinn e a empresa. Em 2022, eles publicaram um vídeo nas redes sociais dizendo que ela estava sendo vítima de uma seita.
Por isso, Miranda, que tem mais de 2,7 milhões de seguidores no TikTok e 1,7 milhão no Instagram, coloca a culpa do que está acontecendo em seus pais e na irmã, Melanie Wilking.
"Eu não entendo como meus pais e minha irmã pensaram que esse documentário poderia me ajudar de alguma forma."
Embora o final do documentário afirme que a dançarina se reconciliou com sua família, eles alegam que aquilo é uma falsa fachada a mando do grupo para mostrar que não estão mantendo seus membros longe de suas famílias.
Empresário se defende
Após a divulgação do documentário, Robert Shinn chamou a produção de "uma obra de ficção caluniosa" e ameaçou recorrer a "todos os recursos legais disponíveis para impedir a propagação de mentiras".