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Senado aprova projeto que transfere orçamento de hospitais universitários para a área da Saúde

Proposta prevê que as contas passam a ser de responsabilidade da Saúde, e não mais da Educação.

Por G1 em 02/07/2024 às 21:19:02
Foto: G1 - Globo

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Proposta prevê que as contas passam a ser de responsabilidade da Saúde, e não mais da Educação. Texto segue para aprovação da Câmara dos Deputados. O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (2), uma mudança de responsabilidade sobre o orçamento dos hospitais universitários federais. Agora, todas as contas passam a ser uma atribuição da Saúde e não mais da Educação.

A medida foi comemorada pelos senadores porque possibilita a inclusão dos hospitais universitários na lista de opções para destinação emendas parlamentares individuais de execução obrigatória na área da saúde, como determina a Constituição. Os gastos podem ser contabilizados desde que sejam aprovados pelo Ministério da Saúde.

A proposta segue para avaliação da Câmara dos Deputados.

Hospitais universitários em BA e SE têm obras e equipamentos parados

Atualmente, um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) entende que as despesas dos hospitais universitários com investimentos e compra de equipamentos, por exemplo, deveria ser computada contabilmente nas contas da Educação, por entender que os gastos são com fins educacionais.

De acordo com o TCU, são considerados como gastos na saúde apenas os valores repassados a essas instituições a título de remuneração pelos serviços prestados por elas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a relatora da proposta, senadora Zenaide Maia (PSD-RN), existem 51 hospitais universitários federais em 36 instituições de ensino superior. Eles estão distribuídos em 24 estados e unidades federativas. Apenas Acre, Rondônia e Roraima não possuem hospitais universitários em seus estados.

Zenaide explicou que, devido à relação de prestação de serviços entre os hospitais e as universidades à comunidade, não faria sentido existir a proibição que impediria, por exemplo, a aquisição de equipamentos médico-hospitalares.

"Não é razoável restringir o repasse de recursos à mera remuneração pela produção de serviços, excluindo-se a possibilidade de realizar investimentos em equipamentos médico-hospitalares, entre outros", afirmou Maia.

Além da possibilidade de investimentos, o centro de custeio com remuneração de pessoal ativo e inativo das universidades também passa para o escopo da Saúde.
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