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O "acampamento de verão" para bilionários que reúne as pessoas mais influentes dos EUA

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Por G1 em 13/07/2024 às 05:41:37
Há quatro décadas, conferência organizada pelo banco de investimento Allen & Company, em Sun Valley, uma cidade turística em Idaho, tornou-se um encontro privado com a participação apenas da elite. Jeff Bezos e Lauren Sanchez em Sun Valley, em Idaho.

Getty Images via BBC

É um dos encontros mais exclusivos do mundo.

No "acampamento de verão dos bilionários", como a imprensa o batizou, alguns dos mais influentes líderes empresariais e magnatas americanos se reúnem para discutir — a portas fechadas — assuntos de negócios, mas também sobre destino político e econômico do país.

Faltando apenas quatro meses para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, acredita-se que o intenso debate sobre a candidatura do presidente Joe Biden — depois do seu desempenho questionado no último debate com Donald Trump — seja um dos temas que marcará grande parte das conversas entre os participantes do evento que ocorre nesta semana até este sábado (13).

A conferência, organizada pelo banco de investimento Allen & Company em Sun Valley, uma cidade turística em Idaho, tornou-se um encontro privado com a participação apenas da elite da elite desde a sua criação, há quatro décadas.

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Este ano, chegaram por lá em seus jatos particulares figuras como o fundador da Amazon, Jeff Bezos, o CEO da OpenAI, Sam Altman, o CEO da Apple, Tim Cook, o CEO da Disney, Bob Iger, o CEO da Warner Bros, David Zaslav, Bill Gates, cofundador da Microsoft, a empreendedora de mídia Shari Redstone, além de algumas celebridades como Oprah Winfrey.

Sam Altman, diretor executivo da OpenAI.

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A poucos meses da eleição presidencial

A conferência anual, realizada pela primeira vez em 1983, tem sido o berço de grandes acordos comerciais e o local onde os líderes dos principais conglomerados discutem o futuro dos seus negócios, assim como o rumo dos Estados Unidos.

Dominados pela presença de titãs da mídia e do entretenimento, ao lado de magnatas da tecnologia, temas como o impacto da inteligência artificial na indústria e o futuro do streaming, assim como o milionário negócio das transmissões esportivas, provavelmente farão parte da agenda.

Paralelamente, as eleições presidenciais dos EUA — e os seus efeitos na economia e nas empresas — estarão no centro das conversas.

Bob Iger, diretor executivo da Walt Disney Company.

Getty Images via BBC

Este ano, a conferência acontece poucos dias depois do debate presidencial de 27 de junho, no qual o desempenho do presidente Joe Biden foi duramente questionado, o que levou a apelos de alguns legisladores democratas, doadores e membros do partido para que ele se afastasse em favor de um candidato mais jovem.

As dúvidas sobre a capacidade do presidente Biden de governar o país nos próximos quatro anos fizeram com que o assunto dominasse a agenda política americana.

Bill Gates, co-fundador de Microsoft.

Getty Images via BBC

No meio deste debate, é pouco provável, diz a imprensa nacional, que os magnatas do setor da tecnologia e dos meios de comunicação e entretenimento não falem sobre possíveis substitutos de Biden na corrida à Casa Branca e como isso pode afetar o resultado das eleições.

O presidente, porém, tem dito repetidas vezes que não tem planos de abandonar a candidatura à reeleição.

Um dos pontos-chave que poderá influenciar uma virada na campanha democrata é o peso da opinião dos doadores, alguns dos quais fazem parte integrantes — direta ou indiretamente — do círculo exclusivo reunido em Sun Valley.

Tim Cook, diretor executivo da Apple.

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Falando de negócios

A imprensa americana especula que as negociações deste ano incluirão temas como o plano de sucessão de Bob Iger na Disney e as negociações vertiginosas que levaram à fusão da Paramount Global e da Skydance Media.

Oprah Winfrey está entre as celebridades presentes no encontro.

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O futuro da Warner Bros. e da Comcast também seria outra questão relevante, já que a Disney analisa planos de comprar uma parte da Comcast.

Nos últimos tempos, as empresas de comunicação social apostam em associar as suas operações de streaming às dos seus concorrentes, para reduzir custos e melhorar a rentabilidade dos negócios, afirmam especialistas do setor.

Disney e Warner Bros., por exemplo, estão agrupando Disney+, Hulu e Max, enquanto a Comcast tem um pacote que agrupa Netflix, Apple TV+ e seu próprio serviço Peacock, segundo informou a Bloomberg.

David Zaslav, presidente da Warner Bros Discovery, cujo futuro é alvo de questões.

Getty Images via BBC

Os direitos de transmissão são outro dos grandes negócios que devem estar presentes em Sun Valley.

A National Basketball Association (NBA), por exemplo, está negociando um acordo potencial de US$ 76 bilhões, por 11 anos, com a Disney, a Comcast e a Amazon.

Com essas e outras questões em cima da mesa, o que for discutido em Sun Valley terá um grande impacto comercial.

E as conversas nos bastidores sobre o futuro político do país também poderão fornecer sinais sobre o estado de espírito no setor empresarial antes das eleições de novembro.

O empresário e político Michael Bloomberg, junto com Sheryl Sandberg, ex-diretora de operações da Meta Platforms e do Facebook.

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Fonte: G1

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