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G1 - Economia

Royal Enfield Shotgun 650 é opção mais barata entre motos estradeiras e vem como alternativa à Meteor; veja impressões

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Com versões que começam em R$ 33.990, a roadster é a opção mais viável entre as concorrentes, mas terá a tarefa de conquistar os consumidores mais conservadores. Royal Enfield Shotgun 650 tem preços que vão de R$ 33.990 a R$ 34.990

Divulgação | Royal Enfield

O mercado de motos estradeiras, as tradicionais motos customizadas — ou custom, como são conhecidas — tem crescido no Brasil e já começa a se refletir no portfólio das fabricantes. O g1 testou a nova Royal Endfield Shotgun 650, moto que chegou para competir neste setor em fevereiro e promete grandes possibilidades de personalização. Veja as impressões.

As motos têm ganhado espaço no país. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), por exemplo, indicam que o emplacamento de motocicletas praticamente dobrou no acumulado deste ano até fevereiro, em relação ao mesmo período de 2024, com uma alta de 98,8%.

Do total de emplacamentos, 1,69% responde pelas custom — percentual ainda pequeno no mercado, mas que já representa quase o dobro da participação observada nos primeiros meses de 2024, de 0,85%.

O crescimento traz novas indicações sobre a demanda dos consumidores, que agora buscam motos não apenas para ir e voltar do trabalho, mas também para diversão, já que esse tipo de motocicleta não é o mais indicado para passar pelo trânsito congestionado.

Para atender à demanda crescente, as fabricantes de motocicletas começaram a trazer novidades para o mercado.

É o caso da Shineray, por exemplo, que já lançou três modelos no final de 2024 (Denver, Titanium e Iron), e da Royal Enfield, que decidiu resgatar as custom mais baratas e agora vai aumentar seu portfólio com a chegada da Shotgun 650.

Com isso, a marca indiana passa a possuir quatro modelos com este motor de 650 cilindradas: Continental GT 650, Interceptor 650, Super Meteor 650 e Shotgun 650.

E a expectativa é que até o final do ano, chegue a Classic 650: uma releitura da Classic 350, modelo que carrega muito cromado, assim como as primeiras custom dos anos 1950 e 1960. A futura Classic 650 vai corrigir uma falha da atual, que é ter motor pouco potente para a categoria. Portanto, essa deve ser a quinta opção da marca com o propulsor de 648 cilindradas.

O g1 testou a nova Shotgun 650 2025, a roadster (entenda mais abaixo) que chega para concorrer com a Triumph Scrambler 400 e a Trident 660.

Confira nesta reportagem os principais pontos positivos e negativos:

O que é uma roadster

Preços

Dirigibilidade

Design

Pontos positivos e negativos

Ficha técnica

Galerias Relacionadas

O que é uma roadster

Diferente da Super Meteor 650, outra moto da Royal Endfield que o g1 testou, a Shotgun 650 é uma roadster.

Esse tipo de motocicleta possui características mais moldadas para enfrentarem a estrada, como uma frente mais curta e agressiva (sem a necessidade de bolha para cortar o vento) e uma traseira bem definida e um pouco mais curta que as custom tradicionais — o que pode proporcionar mais agilidade ao transitar por vias urbanas.

A grande vantagem da Shotgun em relação à Super Meteor está nas suas dimensões. O comprimento da Shotgun é 4 cm menor, assim como a distância entre-eixos. Há ainda 7 cm a menos de largura e 5 cm a menos na altura.

Quando se compara com as custom tradicionais, a Shotgun tem a vantagem de ser mais ágil, o que facilita a pilotagem em meio aos carros (confira mais impressões abaixo).

O g1 testou a Shotgun 650 e ela é bem mais ágil que a Super Meteor

Divulgação | Royal Enfield

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Royal Enfield Super Meteor 650: o que faz essa custom ter seis meses de fila de espera? O g1 testou

Preços

Apesar da diferença das dimensões, as duas Royal Endfields têm preços semelhantes. Isso porque, como o g1 mostrou, a Super Meteor já tem uma fila de espera de seis meses — o que fez com que algumas concessionárias da marca já não aceitassem mais pedidos para a motocicleta.

Assim, a Shotgun chega não apenas para complementar o portfólio da companhia, mas também para ser uma alternativa aos clientes — e, quem sabe, ajudar a marca a diminuir um pouco da fila de espera da custom mais tradicional.

Veja os preços:

Shotgun 650 Sheet Metal Grey: R$ 33.990;

Shotgun 650 Drill Green: R$ 34.490;

Shotgun 650 Plasma Blue: R$ 34.490;

Shotgun 650 Stencil White: R$ 34.990;

Super Meteor 650 Astral: R$ 33.990;

Super Meteor 650 Interestellar: R$ 34.490;

Super Meteor 650 Celestial: R$ 34.990;

Segundo os executivos da fabricante, os valores da Super Meteor 650 não devem ser modificados até que a fila de espere acabe, o que, segundo as previsões da marca, deve ocorrer até o final de março. Para os próximos meses, no entanto, eles alertam que o preço deve subir cerca de R$ 3 mil.

Com isso, o modelo Interceptor será a porta de entrada para as motos de 650 cilindradas da Royal Enfield, com preços a partir de R$ 30.900. Em seguida, vêm a Continental GT (R$ 32.900), a Shotgun e, por fim, a Super Meteor.

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Dirigibilidade

Enquanto a Super Meteor possui comandos avançados, guidão largo e uma posição de pilotar mais voltada para o conforto, a Shotgun é mais parecida com uma moto Street, que oferece posição mais ereta e agilidade no dia a dia.

Enquanto a Shotgun (direita) possui comandos na posição tradicional, a Super Meteor tem posição de alavanca de câmbio e freio mais avançados

g1

Com comandos de freio e marcha na posição tradicional e um guidão mais estreito, a Shotgun permite mudanças de direção mais rápidas, condição fundamental para transitar de forma desenvolta. Essa característica é importante no momento de desviar de buracos ou de motoristas menos atentos.

A moto também transmite a sensação de ser bem mais leve, apesar da diferença ser de apenas 1 kg para a Super Meteor, e de proporcionar uma arrancada mais vigorosa — o que pode ser explicado pela relação mais curta entre as engrenagens, já que ambas as motocicletas possuem o mesmo propulsor de 47 cv de potência e 5,3 kgfm de torque.

Comparada a uma de suas principais concorrentes, a leitura é que o preço condiz com o oferecido.

A Kawasaki Eliminator 500, por exemplo, que tem 51 cv e 4,3 kgfm de torque e chega a ser 64 kg mais leve do que os exemplares da Royal Enfield, consegue entregar uma arrancada mais empolgante, mas tem um preço mais salgado. Enquanto as Royal Enfield partem de R$ 33.990, o modelo da Kawasaki sai por, no mínimo, R$ 40.490.

Outro ponto importante é que, diferente das demais motocicletas da Royal Enfield testadas pelo g1, a Shotgun 650 foi a única a não apresentar o fenômeno conhecido como "shimmy", onde a parte dianteira da moto oscila rapidamente de um lado para o outro.

Isso ocorre por falta de peso no eixo dianteiro, indicando uma má distribuição de massa no projeto. Quando a velocidade aumenta, o vento e a aceleração empurram o eixo dianteiro para cima, gerando instabilidade.

Royal Enfield Super Meteor 650: 3 pontos positivos e 3 negativos

O "shimmy" de uma moto é muito arriscado porque o motociclista pode perder totalmente o controle. Interceptor, Scram e Super Meteor apresentam esse problema, conforme nossos testes.

O sistema de freio da Shotgun 650 é eficiente, o que se traduz em mais confiança ao rodar com a moto em altas velocidades. O g1 testou o freio diversas vezes em diferentes velocidades e a motocicleta freia em linha reta, sem assustar o piloto.

Ao utilizar apenas o freio traseiro, no entanto, ocorre um ligeiro bloqueio do pneu (perceptível pelo som no asfalto) — o que não deveria acontecer por conta da tecnologia ABS.

Por fim, o banco deveria ser mais confortável. A espuma é fina e, poucas horas após o início de uma viagem, é possível sentir cansaço. A Shotgun mostra que tem maior vocação para desfilar pela cidade do que para ser uma verdadeira estradeira.

Painel da Shotgun é o mesmo da Super Meteor

Divulgação | Royal Enfield

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Design

As quatro motos de 650cc da Royal Enfield compartilham peças como faróis, lanternas, setas, painel e manetes.

Apesar de ter um banco que deriva das motocicletas de estilo bobber, que possuem assento apenas para o piloto, a Shotgun vem de série com o assento duplo e é equipada com ferramentas que possibilitam a customização do banco.

Ao retirar o assento do garupa com a mesma chave que liga a moto, sobra a "grelha" onde é possível colocar um alforje, por exemplo. Além disso, o condutor também pode optar por remover a grelha, deixando-a com aspecto de moto mais agressiva. Confira na imagem:

As opções do banco da Shotgun 650: com garupa, com porta-objetos ou somente com o banco do piloto

g1 | Vinicius Montoia

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Pontos positivos e negativos:

? Agilidade nas mudanças de direção;

? Velocidade e aceleração;

? Não apresenta "shimmy";

? ABS traseiro trava;

? Assento pouco confortável;

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Veja abaixo a ficha técnica e a comparação das motocicletas citadas nesta reportagem:

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G1

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