Considerações de Moraes estão no voto que levou a Primeira Turma do STF a rejeitar um recurso da defesa do general e manter, por unanimidade, a prisão dele. Alexandre de Moraes durante sessão em 27 de novembro de 2024Reuters/Adriano MachadoO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que há fortes indícios que apontam o envolvimento do general Braga Netto numa trama golpista e que justificam a manutenção da prisão dele. As considerações de Moraes estão no voto que levou a Primeira Turma do STF a rejeitar um recurso da defesa do general e manter, por unanimidade, a prisão dele.1ª Turma do STF mantém prisão de Braga Netto #g1 #kwainotíciasNo recurso, a defesa afirmou que os fatos que embasaram a prisão são antigos e que não há qualquer ato que demonstre a tentativa de Braga Netto de interferir nas investigações. Segundo Moraes, a defesa "não apresentou qualquer argumento minimamente apto a desconstituir os fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva".O ministro afirmou que os desdobramentos da investigação, especialmente a operação "Contragolpe" que prendeu Braga Netto, e os novos depoimentos do ex-ajudante de ordens e tenente-coronel Mauro Cid "revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados".O ministro citou ainda que a Polícia Federal demonstrou que há diversos elementos de provas que evidenciam que o agravante atuou com intenção de"impedir a total elucidação dos fatos, notadamente por meio de atuação concreta para a obtenção dos dados fornecidos pelo colaborador Mauro Cesar Barbosa Cid e "com o objetivo de controlaras informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados".O relator apontou ainda que a prisão do general é possível porque a Polícia Federal demonstrou a presença dos requisitos necessários e suficientes, como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar aplicação da lei penal. E que o indiciamento pela PF "corrobora, ainda mais, a materialidade e os fortes indícios de autoria dos tipos penais imputados"."Nesse contexto, não há reparo a fazer no entendimento aplicado", escreveu Moraes.- Esta reportagem está em atualização