Carlos Ubiraci Francisco da Silva, que foi julgado no dia 12 de março, e recebeu pena de dois anos e dois meses de prisão, mas já cumpriu um ano e oito meses, o que o torna elegível para o benefício. Tribunal do júri condena quatro réus no caso da ex-deputada Flordelis
Carlos Ubiraci Francisco da Silva, filho afetivo da ex-deputada federal Flordelis, já tem data para deixar a prisão em regime de condicional: dia 19 de maio.
Ele, que foi julgado no dia 12 de abril e condenado a 2 anos e dois meses de prisão pelo crime de associação criminosa armada, está elegível ao benefício por já ter cumprido mais de um terço da pena. Carlos está preso há um ano e oito meses.
A juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu liberdade condicional atendendo a um pedido da defesa de Carlos, que atualmente está preso no presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio.
Em seu julgamento, ele foi absolvido da acusação de homicídio triplamente qualificado consumado e de tentativa de homicídio duplamente qualificado. Também foi a primeira vez que ele culpou a mãe, a pastora Flordelis, pela morte do pastor Anderson do Carmo.
A magistrada determinou que ele deverá se apresentar a cada três meses à Justiça para justificar suas atividades e assinar o boletim de frequência. Além disso, Carlos Ubiraci deve comunicar qualquer mudança de domicílio mediante apresentação de comprovante de residência.
Carlos Ubiraci, filho afetivo de Flordelis
Reprodução/ TV Globo
Flordelis será julgada em junho
Inicialmente, maio também seria o mês em que Flordelis, que seria julgada pela acusação de ser a mandante do crime que acarretou a morte de Anderson do Carmo, mas a Justiça determinaou que não haveria tempo hábil para colher provas e transferiu o julgamento para 6 de junho.
Mais réus serão julgados
Cinco réus devem ser julgados no dia 6 de junho :
1. Flordelis dos Santos Souza: denunciada como a mandante da execução, a ex-deputada e missionária responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada;
2. André Luiz de Oliveira: filho adotivo de Flordelis, responde por uso de documento falso e associação criminosa armada;
3. Marzy Teixeira da Silva: filha adotiva de Flordelis, responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada;
4. Rayane dos Santos Oliveira: neta biológica de Flordelis, responde por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada;
5. Simone dos Santos Rodrigues: filha biológica de Flordelis, responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada.
Caso Flordelis
JN
Pedido de liberdade de Flordelis foi negado no STJ
Na terça-feira (26), a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão preventiva da ex-deputada federal.
Os ministros analisaram um recurso da defesa de Flordelis pedindo a revogação da prisão. Os advogados alegaram que o processo dela na Justiça do Rio é repleto de vícios processuais, que há cerceamento da ampla defesa e que não há elementos que justifiquem a prisão.
O relator do caso, ministro Antônio Saldanha Palheiro, afirmou que a prisão preventiva está fundamentada, e lembrou que a prisão foi decretada após o descumprimento de diversas medidas restritivas, como a proibição de falar com outros investigados e monitoramento eletrônico, e após indicações de tentativas de interferir nas investigações.
No último dia 14, quatro acusados de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo foram condenados pela Justiça do Rio. Veja no link abaixo:
'Associação criminosa'
Saldanha Palheiro disse que Flordelis é apontada como mentora e comandante da suposta associação criminosa e que sua ascendência sobre o grupo é inegável. “São fortíssimos indícios de que a ré antes do oferecimento da denúncia vinha buscando interferir no processo”.
Flordelis foi presa em agosto de 2021, dias após ter seu mandato cassado pela Câmara. A ex-parlamentar é acusada de ordenar a morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, executado a tiros em 2019 em Niterói (RJ). Daqui a duas semanas, Flordelis deve ser submetida a júri popular.