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Com cooperativa, mulheres exploram frutos nativos da Caatinga de forma sustentável

Por G1 em 12/06/2022 às 09:51:21
Coopercuc auxilia mais de três mil famílias. Agricultores inovam com diferentes produtos, como geleias. Com cooperativa, mulheres exploram frutos nativos da Caatinga de forma sustentável

Mulheres do sertão da Bahia aprenderam a explorar os frutos nativos da Caatinga de forma sustentável e estão transformando a vida da comunidade, gerando renda com a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc).

A cooperativa foi fundada há 18 anos. Ela auxilia de forma direta e indireta mais de três mil famílias na região, com 270 cooperados, a maioria mulheres.

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Domingas Cardoso faz parte da Coopercuc desde sua criação. Funcionária pública, a agricultora complementa a renda com o trabalho na roça.

Além de criar animais, 30% da sua renda vem do umbu, fruta típica da Caatinga. A maior parte da produção é vendida para a cooperativa e o restante para atravessadores.

As agricultoras aprenderam a explorar o umbu de forma sustentável e também passaram a receber assistência do Pró-Semiárido, um programa de desenvolvimento estadual.

Freiras incentivaram agricultoras a se organizarem com a Coopercuc

Umbu, feijoa, biribá — frutas nativas não são as mais populares no Brasil

Força das mulheres

As mulheres da região têm um papel fundamental desde a criação da cooperativa até a organização da comunidade. São elas que articulam, orientam e acreditam no desenvolvimento, diz Egnaldo Xavier, supervisor técnico Pró-Semiárido

Maria Perpétua Barbosa é uma das fundadoras da Coopercuc e uma referência na região. Ela participa do projeto Agrocaatinga, que faz parte do Pró-Semiárido.

Em sua plantação há goiaba, cajueiro, feijão, macaxeira, acerola, tudo na mesma área. A ideia é aproveitar ao máximo as propriedades dos agricultores familiares, com a maior produtividade possível, além de recuperar os cultivos nativos da região, caso do próprio umbuzeiro, explica Emanoel Amarante, técnico Pró-Semiárido.

Valorização do maracujá da Caatinga

Com o programa, a dona Perpétua aprendeu a reconhecer ainda mais a importância do que é nativo da região, como o umbu e o maracujá da Caatinga.

Por muito tempo, o maracujá serviu apenas de alimento para os animais, mas hoje representa uma renda para a família. No último ano, a colheita foi de meia tonelada da fruta, com a maior parte vendida para a cooperativa.

Depois do plantio, a dona Perpétua acompanha de perto o crescimento das mudas. O cultivo não precisa de muita água, por isso é recomendado para áreas de restrição hídrica. Ainda assim, na época da seca, a agricultora faz a chamada irrigação de salvação e consegue ter colheita o ano todo.

Uma das formas que a produtora encontrou de explorar o maracujá foi fazendo geleia. A ideia deu tão certo que ela passou a ser preparada também pela agroindústria da cooperativa. Agora, várias frutas compradas dos cooperados são transformadas em diferentes tipos de alimentos e vendidos em todo o Brasil.

Saiba mais na reportagem completa nos vídeos acima.

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Fonte: G1

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