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Caso Dom e Bruno: o que dizem os prĂ©-candidatos à PresidĂȘncia

Por G1 em 16/06/2022 às 14:21:17
PF diz que suspeito confessou ter assassinado o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Philips. Investigações estão sob sigilo; restos mortais serão periciados no DF. Fala, candidato

Arte/g1

Bruno Pereira e Dom Phillips: duas vidas dedicadas à defesa da natureza

A Polícia Federal informou na noite de quarta-feira (15) que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou ter assassinado o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, desaparecidos na Amazônia desde 5 de junho.

A PF encontrou restos mortais em um local indicado por Amarildo – ele e o irmão estão presos. O material será encaminhado para perícia em Brasília a fim de confirmar a identificação das vítimas.

Bruno e Phillips foram vistos pela última vez na comunidade São Rafael, a cerca de duas horas de lancha da sede de Atalaia do Norte e próxima à Terra Indígena Vale do Javari. A reserva é palco de conflitos relacionados ao tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal.

Fala, candidato #01: Alta no preço dos combustíveis

Fala, candidato #02: Inflação dos alimentos

Fala, candidato #03: Endividamento das famílias

O desaparecimento de Dom e Bruno e a confissão de Amarildo repercutiram no Brasil e na imprensa internacional. O g1 reuniu as declarações dos pré-candidatos à Presidência da República sobre o assunto. Leia o que os presidenciáveis declararam a respeito do caso:

Lula (PT)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota conjunta com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato a vice na chapa do petista.

“A confirmação do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips é uma notícia chocante, que nos causa dor e indignação. Nossa primeira palavra é de solidariedade aos familiares, amigos e amigas do indigenista e do jornalista. Bruno e Dom dedicaram a vida a fazer o bem. Por isso percorreram o interior do Brasil, ajudando, protegendo e contando a vida, os valores e o sofrimento dos povos indígenas.

O mundo sabe que este crime está diretamente relacionado ao desmonte das políticas públicas de proteção aos povos indígenas. Está diretamente relacionado também ao incentivo à violência por parte do atual governo do país. O que se exige agora é uma rigorosa investigação do crime; que seus autores e mandantes sejam julgados. A democracia e o Brasil não toleram nem podem mais conviver com a violência, o ódio e o desprezo pelos valores da civilização. Bruno e Dom viverão em nossa memória e na esperança de um mundo melhor”.

Jair Bolsonaro (PL)

Jair Bolsonaro durante o encontro da Cúpula das Américas, em Los Angeles, em 10 de junho de 2022

Lauren Justice/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro não deu declarações públicas após a PF informar oficialmente sobre a confissão de Amarildo. Desde a semana passada, o presidente defendeu as ações do governo e afirmou que Dom e Bruno fizeram uma "aventura" na região.

"Desde o primeiro dia, quando foi dado o sinal de alerta, a Marinha entrou em campo e no dia seguinte as Forças Armadas, a Polícia Federal... Tem quase 300 pessoas nessa procura. Dois aviões e helicópteros, barcos, agora é uma área fora da Funai, tem protocolo a ser seguido. Naquela região, geralmente você anda escoltado, foram para uma aventura, a gente lamenta pelo pior", disse o presidente na semana passada nos Estados Unidos.

“Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles. Pelo prazo, pelo tempo, já temos hoje oito dias, indo para o nono dia que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Eu peço a Deus que isso aconteça, que os encontremos com vida, mas os informes, os indícios levam para o contrário no momento”, afirmou o presidente na segunda-feira (13).

Ciro Gomes (PDT)

Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência, posa para foto antes de conceder entrevista ao podcast O Assunto, em São Paulo

Celso Tavares/g1

O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, se manifestou em uma rede social e criticou a atuação das autoridades na região amazônica.

"A forma brutal como os assassinos acabaram com as vidas de Bruno e Dom Phillips mostra que a omissão dos governos criou mais que um estado paralelo, fez nascer um versão cabocla do Estado Islâmico, dentro do nosso território".

André Janones (Avante)

André Janones, pré-candidato ao Planalto pelo Avante

Michel Jesus/Câmara dos Deputados

O deputado federal André Janones se manifestou em uma rede social na tarde de quarta-feira (15), antes do anúncio da Polícia Federal.

"O governo vai falar barbaridades que nós seres humanos teremos nojo ao escutar sobre a morte de Dom e Bruno. E fará isso pra esconder a tragédia que é a inflação hoje e mais um reajuste nos combustíveis. A cortina de fumaça da vez são vidas e ele com nada se importa".

Simone Tebet (MDB)

Senadora Simone Tebet

Jefferson Rudy/Agência Senado

A senadora Simone Tebet comentou em uma rede social a confissão dos assassinatos do indigenista brasileiro e do jornalista britânico.

"Defendo severa investigação desse crime bárbaro. É preciso dar um basta à impunidade. Meus sentimentos às famílias do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira neste momento inconsolável. Que a coragem desses dois defensores dos direitos humanos e do meio ambiente nos inspire a lutar. O Brasil precisa voltar a ter paz e clama por #JusticaParaDomEBruno".

Vera (PSTU)

Vera Lúcia, pré-candidata do PSTU à Presidência

Romerito Pontes/Divulgação

A socióloga Vera Lucia se manifestou em uma rede social.

"O assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips revelam a violência desses empreendimentos capitalistas legais e ilegais em terras indígenas que só causam destruição para o povo em nome do lucro dos ricos. Bolsonaro é responsável porque os protege e desmontou ainda mais a Funai!"

Sofia Manzano (PCB)

Sofia Manzano, pré-candidata a presidente pelo PCB

Divulgação / PCB

Sofia Manzano prestou solidariedade aos familiares e criticou o governo Bolsonaro.

"Total solidariedade com os familiares de Dom e Bruno. Suas mortes estão diretamente ligadas ao incentivo ao garimpo ilegal, ao desmonte da FUNAI e do IBAMA, além total omissão das Forças Armadas na região do Vale do Javari, resultado direto das políticas do Governo Bolsonaro".
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