Empresário e presidenciável do partido em 2018 sofreu críticas internas ao anunciar apoio a Lula no segundo turno. Para Amoêdo, o Novo descumpre o estatuto da sigla e estimula atos antidemocráticos. João Amoêdo concorreu à Presidência da República em 2018Carlinhos Brasil/ Rede VanguardaCandidato à Presidência da República em 2018, o empresário João Amoêdo anunciou nesta sexta-feira (25) a desfiliação do partido Novo. Amoêdo disse que o partido, que ajudou a fundar, "não existe mais". Compartilhe no WhatsAppCompartilhe no Telegram"Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010", escreveu Amoêdo no Twitter. "Infelizmente, o Novo, fundado em 2011 e pelo qual trabalhamos por mais de 10 anos, não existe mais", completou.Amoêdo sofreu críticas dentro do partido depois que, durante a campanha do segundo turno, anunciou apoio ao presidente eleito e então candidato, Luiz Inácio Lula da Silva. "Chegamos a um momento em que a discussão nem é mais corrupção, mas sobre você ter o direito de ser oposição, de estar em um Estado Democrático de fato. Nessa visão, Bolsonaro me preocupa muito por todas as declarações que ele faz, inclusive, sobre o Supremo Tribunal Federal. Acho que ele é uma pessoa que se mostrou não só um péssimo gestor, mas muito autocrático", declarou Amoêdo em outubro. O Novo disse que era contra Lula e o PT, mas liberou filiados e eleitores a votar de acordo com sua "consciência e princípios partidários". Ao anunciar a saída do partido, Amoêdo afirmou que o Novo tem estimulado ações contra a democracia. "O Novo atual descumpre o próprio estatuto, aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia", afirmou o ex-presidenciável.LEIA TAMBÉMPL vai pagar sozinho multa de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé, decide Moraes'Eu humanamente perdi a paciência', diz Barroso sobre resposta a bolsonarista nos EUAMinistério da Saúde diz que vacinas bivalentes da Pfizer contra a Covid chegam no início de dezembroJoão Amoêdo: "Estou votando no Lula porque entendo que seja uma proteção necessária"VÍDEOS: tudo sobre política