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Após ata do Copom, Planalto dá como certa queda da taxa de juros em agosto

Copom indica em ata que pode haver redução da Selic em agostoDepois da divulgação da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Palácio do Planalto avalia que está garantida uma pequena redução dos juros em agosto, ainda que com um placar sem unanimidade.

Por G1 em 28/06/2023 às 11:01:38
Copom indica em ata que pode haver redução da Selic em agosto

Depois da divulgação da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Palácio do Planalto avalia que está garantida uma pequena redução dos juros em agosto, ainda que com um placar sem unanimidade.

A ata publicada nesta terça-feira (27) indicou que a maioria dos integrantes atuais do órgão — oito diretores e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — entendem que, se a inflação seguir caindo, há espaço para uma queda gradual da taxa Selic na próxima reunião.

Segundo assessores presidenciais, a avaliação é que o BC indicou uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa Selic em agosto. Hoje, a alíquota é de 13,75% ao ano.

O Planalto espera uma votação sem unanimidade, com seis diretores votando a favor da redução e, talvez, três contra. Mas esse cenário pode mudar se os indicadores seguirem positivos até lá.

Para o governo, apenas uma grande turbulência na economia, que fizesse o dólar disparar e a inflação subir, faria o Banco Central mudar a rota traçada na ata publicada nesta terça.

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Sinais opostos

No Ministério da Fazenda, a falta de unidade entre o comunicado divulgado pelo Copom na semana passada e a ata da reunião foi criticada, porque levou o mercado a apostar inicialmente que os juros não cairiam em agosto.

Em 21 de junho, antes da divulgação da ata integral da reunião, o Banco Central publicou um comunicado afirmando que manteria os juros em 13,75%, e que o momento ainda exigia "cautela e parcimônia".

Com a ata detalhando as discussões e divergências entre os integrantes do comitê, o vento mudou de direção, com o mercado passando a acreditar em uma redução gradual da taxa Selic em agosto.

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No documento detalhado, ficou claro que cinco diretores votaram a favor dessa sinalização de queda. Três, contra.

Com a chegada de Gabriel Galípolo em agosto, cujo nome deve ser aprovado pelo Senado para ocupar uma diretoria antes do recesso parlamentar, o placar subiria para 6 a 3. E, no governo, a avaliação é que Roberto Campos Neto foi um dos membros do Copom que votou a favor da queda dos juros.

Na terça, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um convite para que ele compareça e explique o índice da Selic. Na mesma data, foi mais uma vez criticado pelo presidente Lula e até por até então aliados, como o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Inicialmente, por sinal, o requerimento na CAE era de convocação, mas foi transformado em convite. Com isso, Campos Neto não é obrigado a comparecer, mas deve negociar uma data para ir ao Senado.
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