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Brasil quer reintegração da Venezuela ao Mercosul, mas não deve discutir assunto em cĂșpula, diz Itamaraty

Informação foi dada pela secretária de América Latina e Caribe do ministério, Gisela Padovan.

Por G1 em 29/06/2023 às 16:12:33
Informação foi dada pela secretária de América Latina e Caribe do ministério, Gisela Padovan. Cúpula será na semana que vem, e Lula participará. O Ministério das Relações Exteriores informou nesta quinta-feira (29) que o Brasil deseja a reintegração da Venezuela ao Mercosul, mas acrescentou que o assunto não deve ser discutido na próxima cúpula do grupo, marcada para a próxima semana.

A informação foi dada secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, Gisela Padovan, durante entrevista à imprensa sobre a ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à cúpula.

A Venezuela chegou a fazer do Mercosul, mas está suspensa desde 2017 por descumprimento de algumas obrigações previstas no acordo.

"A Venezuela foi suspensa [do Mercosul] pelo não cumprimento do calendário de obrigações exigido de qualquer membro que busque ingressar. [...] Estamos retomando o diálogo, interrompido por vários anos com a Venezuela - interrompido, diga-se de passagem, com vários custos para o Brasil, como assistência consular inexistente", afirmou a diplomata.

"Na agenda desta cúpula não está prevista qualquer discussão. Mas, evidentemente que, neste contexto de retomada do diálogo que estamos promovendo com a Venezuela, este assunto deverá ser debatido em algum momento. Não há previsão, mas é um tema que está na nossa pauta. Eventualmente, gostaríamos de ver a Venezuela reintegrada ao Mercosul", acrescentou.

Venezuela

As relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela se deterioraram nos últimos anos, principalmente durante o governo Jair Bolsonaro (2019-2022).

Desde a posse de Lula, porém, as relações mudaram, e o presidente venezuelano Nicolás Maduro chegou a ser recebido em Brasília com honras de chefe de Estado. Na ocasião, Lula foi criticado por ter dito que "narrativas" buscam afirmar que o país está sob ditadura.

Antecessor de Lula e crítico do regime Maduro, Bolsonaro, à época em que esteve no Palácio do Planalto, não o reconhecia como presidente, mas, sim, o autoproclamado presidente, Juan Guaidó, de oposição.

Em 2020, o Brasil determinou que os diplomatas brasileiros em Caracas deixassem a capital venezuelana e que os representantes da Venezuela em Brasília também fossem embora.

Lula, então, passou a buscar a retomada das relações. O presidente, por exemplo, enviou o assessor da presidência e ex-chanceler Celso Amorim a Caracas para uma reunião com Maduro. Além disso, uma missão foi enviada ao país a fim de reabrir a embaixada na capital venezuelana.

Além disso, Lula recebeu no Palácio do Planalto Manuel Vicente Vadell Aquino, indicado por Maduro como embaixador da Venezuela no Brasil.
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