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Política

Reforma tributária é vitória do país e derrota do discurso de 'reforma do PT'

Governador Tarcísio de Freitas e Arthur Lira, que já subiram em palanque de Bolsonaro, foram decisivos para aprovar texto, que se torna triunfo do governo Lula.


Governador Tarcísio de Freitas e Arthur Lira, que já subiram em palanque de Bolsonaro, foram decisivos para aprovar texto, que se torna triunfo do governo Lula. Reforma tributária é aprovada em segundo turno na Câmara

Antes aliados de sintonia fina e até cabos eleitorais da reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foram os protagonistas da aprovação da reforma tributária, na madrugada desta sexta-feira (7).

Os dois tiveram pesos diferentes para alcançar o resultado, mas atuaram de forma complementar. A histórica votação na Câmara é uma vitória do governo e do país.

De carona com um tema de necessidade coletiva, Tarcísio e Lira demonstraram uma máxima da política: as forças se deslocam para onde está o poder – buscando enriquecer suas próprias biografias.

Seguir a orientação da ala mais radical da direita e do próprio Bolsonaro e votar "contra a reforma do PT" era se posicionar no passado. Um passado inelegível e que perde força, porque política é perspectiva de poder.

Lira foi o grande comandante da aprovação: reuniu líderes desde domingo (2), conversou e costurou os acordos, implementou o discurso da harmonia e convenceu que era hora de superar diferenças políticas em prol da urgente simplificação de impostos no país.

Fez isso porque sabe que os empresários precisam, o Brasil precisa, a população precisa. E, em paralelo, ganha o legado: aprovou uma reforma histórica no comando da Câmara, escrevendo um feito perene em sua biografia.

Tarcísio conversou com todos os espectros da política, negociou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi atrás de votos para a aprovação. No governo Bolsonaro, Tarcísio chegou a ser associado ao radicalismo do ex-presidente.

Agora, como governador, ele emergiu desse episódio como um político que enxerga mais do que o vazio do discurso de perseguição.

Bolsonaro mandou mensagens em grupos de parlamentares, gritou na reunião do PL, interrompeu Tarcísio, mas não teve jeito: reforma aprovada e Tarcísio, ciente da importância de sua atuação, saiu fortalecido.

É assim que o jogo funciona. Em política, não existe vácuo, um fica inelegível, surgem outros para ocupar o espaço.

A aprovação, em uma visão ampla, é resultado de uma mistura de momento importante para o país, necessidade de todos os setores da economia, construção de biografias consistentes e olhar político no futuro.

O recado claro da aprovação da reforma tributária é: o discurso antipetista de Bolsonaro, sem levar em conta a urgência do tema, não ecoou.

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