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Lula sanciona lei com novas regras do Minha Casa, Minha Vida

Programa foi retomado pelo atual governo após ter sido substituído pelo Casa Verde e Amarela na gestão Bolsonaro.

Por G1 em 13/07/2023 às 13:05:34
Programa foi retomado pelo atual governo após ter sido substituído pelo Casa Verde e Amarela na gestão Bolsonaro. Valor máximo de financiamento pela iniciativa subiu para R$ 350 mil. Minha Casa, Minha Vida: começam a valer as novas regras de financiamento do programa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta quarta-feira (12), a lei criada a partir da medida provisória (MP) do novo Minha Casa, Minha Vida, programa de habitação popular do governo federal.

Estabelecido em 2009, no segundo mandato de Lula, o programa foi substituído em 2020, na gestão de Jair Bolsonaro, pelo Casa Verde e Amarela, que manteve o objetivo de facilitar acesso a moradias para famílias de baixa renda.

O Minha Casa, Minha Vida foi retomado com o retorno de Lula ao Palácio do Planalto. O governo editou uma MP em fevereiro com as novas regras.

O programa entrou em vigor, porém precisava ser aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente para não perder a validade. As mudanças no texto feitas durante a tramitação na Câmara e no Senado e validadas por Lula só começam a valer com a sanção.

As principais ações previstas no programa são:

pagamento total ou de parte do valor da construção de casas;

financiamento de imóveis novos ou usados;

aluguel social (mais barato) de casas em áreas urbanas;

reforma de imóveis inutilizados nas grandes cidades;

reajuste no valor de obras já iniciadas;

incentivo à construção de unidades próximas a grandes centros urbanos.

Veja abaixo como fica o programa com as novas regras:

Faixas

O texto da MP aprovado por deputados e senadores estabelece que o Minha Casa, Minha Vida atende famílias enquadradas por critérios de renda e localização das moradias:

Áreas urbanas: famílias com renda bruta mensal de até R$ 8 mil;

Áreas rurais: famílias com renda bruta anual de até 96 mil.

O programa ainda tem uma subdivisão por faixas de renda nas áreas urbanas e rurais:

Faixa urbano 1: famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640;

Faixa urbano 2: famílias com renda bruta mensal de R$ 2.640,01 até R$ 4.400;

Faixa urbano 3: famílias com renda bruta mensal de R$ 4.400,01 até R$ 8.000

Faixa rural 1: famílias com renda bruta anual até R$ 31.680;

Faixa rural 2: famílias com renda bruta anual de R$ 31.680,91 até R$ 52.800;

Faixa rural 3: famílias com renda bruta anual de R$ 52.800,01 até R$ 96.000.

A MP aprovada define que, para o cálculo da renda, não serão considerados benefícios sociais, como auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC), e Bolsa Família.

Faixa 1

O Minha Casa, Minha Vida foi retomado com o objetivo de contratar 2 milhões de habitações até 2026, com recursos do orçamento da União e de financiamentos via FGTS.

Neste primeiro semestre, foram entregues 10 mil unidades (investimento de R$ 1,17 bilhão), com a previsão de concluir ainda neste ano mais 8 mil unidades e retomada de 21,6 mil obras.

As famílias da Faixa 1 são a prioridade do programa. Para atender esse público, residente em municípios com população igual ou inferior a 80 mil habitantes, o texto prevê, por exemplo, a habilitação de instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, inclusive bancos digitais, sociedades de crédito direto, cooperativas de crédito, e órgãos federais, estaduais e municipais.

O governo informou que, no Faixa 1, as famílias beneficiadas pagarão prestações mensais proporcionais à renda, com valor mínimo de R$ 80 por cinco anos.

Mudanças nos imóveis

As novas regras do Minha Casa, Minha Vida trazem mudanças nas especificações das unidades, com tamanho mínimo de 40m² para casas e de 41,5m² para apartamentos. As obras deverão ter varanda e os conjuntos precisam ser equipados com sala de biblioteca e equipamentos para a prática esportiva.

O programa também passa a exigir que o terreno fique na malha urbana, com proximidade a infraestrutura instalada e consolidada, com acesso a escolas, postos de saúde, comércio, serviços e transporte público coletivo.

Valores dos imóveis

O programa também atualizou valores dos imóveis, que variam por faixa de renda e localização. Segundo o governo, no geral, os subsídios ficam nos seguintes valores;

Faixa 1 subsidiado: até R$ 170 mil;

Faixa 1 e 2 financiado: até R$ 264 mil;

Faixa 3 financiado: até R$ 350 mil.

Os valores mudam para unidades na zona rural:

Novas moradias: até R$ 75 mil;

Reforma de moradia: até R$ 40 mil

Financiamento e taxas

Segundo o governo, as taxas de juros do financiamento dos imóveis são reduzidas para beneficiários na faixa 1.

Para famílias com renda de até R$ 2 mil mensais, a taxa caiu de R$ 4,25% a 4% a ano, nas regiões Norte e Nordeste. Nas demais regiões (Centro-Oeste, Sudeste e Sul), a alíquota passou de 4,50% para 4,25% ao ano.

O programa definiu, para as faixas 2 e 3, taxa de até 8,16% ao ano. Veja na tabela abaixo:

Confira as taxas de juros para cada tipo de beneficiário

O programa também prevê que famílias que realizem financiamento com recursos do FGTS terão desconto maior na entrada para aquisição do imóvel.

O benefício, que antes ficava em R$ 47,5 mil na Faixa 1, passará para um subsídio concedido pelo FGTS de até R$ 55 mil. O financiamento pelo programa federal permite compra de imóveis novos ou usados.
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