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Dólar abre em alta, ainda com tensões no Oriente Médio no radar

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Por G1 em 23/10/2023 às 10:03:32
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana teve um recuo de 0,45%, cotada a R$ 5,0302. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, caiu 0,74%, aos 113.155 pontos. Dólar opera em alta

Karolina Grabowska

O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (23), em meio ao fortalecimento das preocupações dos investidores globais com o aumento das tensões na guerra entre Israel e Hamas.

Além disso, o mercado também inicia a semana na expectativa pela divulgação de dados importantes nos Estados Unidos, que podem trazer sinalizações de como anda a economia do país e, principalmente, quais devem ser os rumos das taxas de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Veja abaixo o dia nos mercados.

Dólar

Às 09h30, o dólar subia 0,28%, cotado a R$ 5,0443. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira, a moeda norte-americana fechou o dia com baixa de 0,45%, vendida a R$ 5,0302. Com o resultado, passou a acumular:

queda de 1,15% na semana;

alta de 0,07% no mês;

recuo de 4,69% no ano.

Ibovespa

O Ibovespa só começa a operar às 10h.

Na última sexta-feira, o índice fechou com baixa de 0,74%, aos 113.155 pontos, pressionado pelo desempenho ruim das ações da Vale e da Petrobras. Com o resultado, passou a acumular:

queda de 2,25% na semana;

recuo de 2,93% no mês;

ganho de 3,12% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Os mercados iniciaram mais uma semana com as preocupações com a guerra no Oriente Médio pesando fortemente sobre os negócios. O conflito entre Israel e Hamas já chegou ao 17% dia e deixou mais de 6.500 mortos, a maioria do lado palestino.

No último fim de semana, as Forças Armadas de Israel intensificaram os bombardeios contra a Faixa de Gaza e atacaram, também, a Cisjordânia. Algumas operações pontuais em terra foram realizadas no norte de Gaza e há expectativas de que o exército israelense invada o território por terra em breve.

Além disso, segundo a agência de notícias Reuters, algumas aeronaves de Israel atingiram o sul do Líbano durante os bombardeios da noite, aumentando as preocupações com a ampliação do conflito no Oriente Médio.

Para além de todos os danos humanitários causados pela guerra, do ponto de vista econômico, há uma grande preocupação com os possíveis efeitos que uma escalada do conflito possa causar no preço do petróleo e na dinâmica de inflação global.

Isso porque, embora a região de Israel e Palestina não tenha grandes reservas de petróleo, esse é um importante corredor logístico. O maior receio, porém, é que outros países da região, que é uma das mais importantes produtoras da commodity no mundo, se envolvam no conflito, o que poderia afetar a exportação do produto.

Com menos petróleo em circulação, a tendência é de alta no preço. Assim, por ser a fonte de energia mais utilizada no mundo, as expectativas são de que haja uma pressão inflacionária sobre diversas cadeias produtivas, justamente em um momento em que vários países lutam para combater a inflação.

Essa cautela está levando a uma disparada nos rendimentos dos títulos públicos americanos desde a última semana, que atingiram os seus maiores patamares desde a crise de 2007.

Por serem considerados os ativos mais seguros do mundo, os investidores correm para esses títulos quando há incertezas políticas e econômicas, levando a uma migração para o dólar - o que valoriza a moeda em detrimento de outras divisas e mercados de risco, como o de ações.

Nos Estados Unidos, investidores aguardam a divulgação de alguns dados econômicos importantes nesta semana, como o Produto Interno Bruto (PIB) do 3° trimestre do país.

Já no Brasil, o dia é de agenda mais fraca, contando apenas com a divulgação do tradicional Boletim Focus - relatório do Banco Central (BC) que reúne projeções de economistas para os principais indicadores brasileiros.

Para este ano, a projeção dos analistas para o IPCA, a inflação oficial do país, recuou de 4,75% para 4,65%, dentro da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25% em 2023, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Para 2024, a estimativa de inflação caiu de 3,88% para 3,87% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Fonte: G1

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