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Mauro Vieira elogia discurso do secretário-geral da ONU sobre Israel e Hamas: 'Verdadeiro, com muitas informações importantes'

Ao comentar o conflito em Gaza, António Guterres citou um sufocamento da Palestina por Israel, o que gerou indignação na diplomacia israelense.

Por G1 em 25/10/2023 às 21:20:32
Foto: Reprodução internet

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Ao comentar o conflito em Gaza, António Guterres citou um sufocamento da Palestina por Israel, o que gerou indignação na diplomacia israelense. Chanceler de Israel chegou a pedir a demissão do secretário-geral. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, elogiou nesta quarta-feira (25) o discurso feito na véspera pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres. Para Vieira, a fala de Gutérres, que gerou insatisfação nas autoridades israelenses, foi "verdadeira" e apresentou "informações importantes".

Em discurso de abertura da sessão do Conselho de Segurança, ao comentar o conflito de Israel com o grupo terrorista Hamas, o secretário-geral falou de uma "ocupação sufocante" israelense na Palestina.

"É importante reconhecer que os atos do Hamas não aconteceram por acaso. O povo palestino foi submetido a 56 anos de uma ocupação sufocante. Eles viram suas terras serem brutalmente tomadas e varridas pela violência. A economia sofreu, as pessoas ficaram desabrigadas e suas casas foram demolidas", disse Guterres na ocasião.

As autoridades israelenses criticaram o discurso do secretário-geral. Ainda na terça, o ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, cancelou uma reunião agendada com Guterres, enquanto o enviado de Israel à ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão do secretário-geral, dizendo que Israel deve repensar as suas relações com o organismo mundial.

Mauro Vieira foi questionado sobre a situação por jornalistas após sessão do Conselho de Segurança nesta quarta. O Brasil preside o órgão neste mês de outubro. Vieira disse não ver motivo para demissão de Gutérres.

"Não acho que seja caso para deixar o cargo. Israel deve ter suas razões [para não ter gostado da fala]", disse o ministro brasileiro.
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