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RETROSPECTIVA 2023 - Dez álbuns de artistas brasileiros que sobressaíram ao longo do ano

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Por G1 em 29/12/2023 às 20:36:37
Capas de dez álbuns de artistas brasileiros que se destacaram ao longo de 2023

Divulgação / Montagem g1

? RETROSPECTIVA 2023 – Com o intenso e incessante fluxo de lançamentos de singles, EPs e álbuns nos players de áudio, tendência solidificada nos últimos anos com a digitalização do mercado de discos, ficou impossível acompanhar a produção fonográfica brasileira.

Por isso mesmo, qualquer tentativa de listar os "melhores" álbuns de qualquer ano soa pretensiosa e incompleta, esbarrando na impossibilidade de ouvir tudo que chega diariamente às plataformas.

Os dez álbuns relacionados pelo Blog do Mauro Ferreira nesta última sexta-feira de 2023, 29 de dezembro, são destaques na visão do colunista e crítico musical do g1, jamais os "melhores", termo que estimula competição onde devem imperar somente arte e união.

Dentro do raio de audição/visão do colunista, esses álbuns sobressaíram ao longo do ano. Cinco – Urucungo (Fabiana Cozza), Belezas são coisas acesas por dentro (Filipe Catto), Marquês, 256. (Zé Ibarra), João Gilberto – Ao vivo no Sesc_1998 (João Gilberto) e Afeto – Homenagem Carlos Lyra 90 anos (vários artistas) receberam a cotação máxima de cinco estrelas.

Os outros chegaram perto, mas, independente de cotação, se impuseram e/ou cresceram à medida em que o tempo foi passando, se tornando títulos relevantes nas discografias dos respectivos artistas.

? Eis, sem ordem de importância, dez álbuns que se destacaram em 2023 na opinião do Blog do Mauro Ferreira:

1. Urucungo – Fabiana Cozza

– A cantora paulistana expôs a beleza e a força política da arte negra de Nei Lopes em álbum com músicas inéditas do já octogenário bamba carioca.

2. Belezas são coisas acesas por dentro – Filipe Catto

– A cantora evocou a alma transgressora de Gal Costa (1945 – 2022) em álbum de energia roqueira que se elevou como uma das joias modernas da discografia brasileira de 2023.

3. Marquês, 256. – Zé Ibarra

– No primeiro álbum solo da carreira, o integrante da banda Bala Desejo se confirmou intérprete sensível em registro audiovisual de voz e violão, captados na escada de prédio do Rio de Janeiro (RJ).

4. João Gilberto – Ao vivo no Sesc_1998 – João Gilberto (1931 – 2019)

– Melhor do que o silêncio, somente um disco com gravação inédita de show feito há 25 anos pelo dono da bossa. Um álbum de ótima qualidade técnica que mostrou que o samba é a nobreza de João.

5. Afeto – Homenagem Carlos Lyra 90 anos – Vários artistas

– Formidável melodista, Carlos Lyra (1933 – 2023) partiu em dezembro, mas teve tempo de ouvir este reverente tributo ao compositor de tantas coisas mais lindas da música brasileira.

6. Canto coral afro-brasileiro – Tincoãs

– Idealizado em 1982 e gravado em 1983, este álbum dos Tincoãs permaneceu inédito por 40 anos. Mas foi enfim lançado e inebriou ao misturar o canto afro-brasileiro com o gospel norte-americano.

7. Xande canta Caetano – Xande de Pilares

– O sambista carioca pôs a obra do compositor baiano na roda, dando voz às músicas de Caetano como se estivesse no pagode. Funcionou e soou bonito. Xande canta Caetano dentro e além do samba.

8. Vilã – Ludmilla

– Em álbum potente, Ludmilla apresentou mix de funk, trap e R&B. Sem abandonar a turnê de pagode Numanice, a artista fluminense deu sedutor alô para o mundo pop.

9. Negra ópera – Martinho da Vila

– No disco mais coeso da última década da discografia do bamba fluminense, Martinho encarou a morte como tema recorrente na narrativa da ópera popular e se confirmou herói da liberdade e da resistência.

10. Me chama de gato que eu sou sua – Ana Frango Elétrico

– No terceiro e mais interessante álbum, a artista carioca valorizou bom repertório autoral com criativos arranjos de cordas e metais. Em termos de orquestração, o disco resultou primoroso.

Acompanhe a RETROSPECTIVA 2023 do Blog do Mauro Ferreira:

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Fonte: G1

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