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Após 50 anos, IBGE volta a usar o termo favela no Censo

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Por G1 em 23/01/2024 às 10:03:31
Desde 1970, instituto vinha usando expressões como "aglomerados urbanos" ou "aglomerados subnormais" para se referir a esses e outros territórios. A partir de 2022, a definição passa a ser "favelas e comunidades urbanas". Mudança ocorre após demanda das comunidades. Imagem de rua no Sol Nascente com lama e canos espalhados em março de 2023.

TV Globo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta terça-feira (23) que voltará a usar o termo "favelas e comunidades urbanas brasileiras" para se referir a esses locais no Censo.

A mudança acontece após 50 anos em que o IBGE usou as expressões "aglomerados urbanos excepcionais" e "setores especiais de aglomerados urbanos" e "aglomerados subnormais" como o termo principal para se referir a esses locais.

A alteração decorre, entre outros fatores, da demanda dos moradores de favelas e comunidades urbanas. Segundo o IBGE, o termo favela está vinculado à reivindicação histórica por reconhecimento e identidade de movimentos populares .

O que são favelas e comunidades urbanas?

Para o IBGE, favelas e comunidades urbanas são regiões em que há

Domicílios com graus diferenciados de insegurança jurídica da posse;

Ausência ou oferta incompleta e/ou precária de serviços públicos, como iluminação, água, esgoto, drenagem e coleta de lixo por parte de quem deveria fornecer esses serviços;

Predomínio de edificações, arruamento e infraestrutura geralmente feitos pela própria comunidade e seguem parâmetros diferentes dos definidos pelos órgãos públicos;;

Localização em áreas com restrição à ocupação, como áreas de rodovias e ferrovias, linhas de transmissão de energia e áreas protegidas, entre outras; ou de risco.

Sol nascente, maior favela do Brasil

Sol Nascente, no DF, se torna a maior favela do Brasil e ultrapassa Rocinha

O Sol Nascente, no Distrito Federal, se tornou a maior favela do Brasil, segundo dados da prévia Censo 2022, do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, a região ultrapassou a Rocinha, no Rio de Janeiro, em número de domicílios.

A pesquisa mostra que, atualmente, o Sol Nascente tem 32.081 domicílios, enquanto a Rocinha tem 30.955. Em comparação com 2010, a favela da capital cresceu 31%, enquanto a região do Rio de Janeiro aumentou 20%.

O presidente do IBGE, Cimar Azeredo, explica que o instituto considera como favela toda área em que a ocupação se deu de forma precária. De acordo com ele, a diferença entre o Sol Nascente e a Rocinha é o relevo, enquanto um é mais plano o outro é "acidentado".

"O Sol Nascente tem formato plano, com acesso muito mais fácil. Foi uma área 'fácil 'de fazer", afirmou o presidente do IBGE, Cimar Azeredo.

Veja mais sobre o Sol Nascente no link abaixo:

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