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Em Maceió, Lula defende Lira de vaias em evento de entrega de moradias populares

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Por G1 em 10/05/2024 às 12:19:22
Presidente da Câmara recebeu vaias durante discurso na capital alagoana. 'Ninguém leva ninguém na sua casa para ser vaiado', afirmou Lula. O presidente da Câmara, Arthur Lira, foi vaiado durante evento em Maceió (AL); Lula o defendeu

Reprodução/CanalGov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou nesta sexta-feira (10) a fazer afagos ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e também defendeu o deputado de vaias durante um evento de entrega de moradias populares em Maceió, capital de Alagoas.

Durante discurso a uma plateia de apoiadores, Lula afirmou que o ato desta sexta tinha caráter institucional e não teor partidário, por isso, na avaliação do petista, não caberia vaia aos políticos presentes.

"A gente precisa apenas a aprender a respeitar quando o ato é institucional, um ato institucional não tem cor partidária. Porque, senão, fica difícil para um presidente da República viajar para inaugurar coisas, porque as pessoas que vem aqui são convidas por nós. E ninguém leva ninguém na sua casa para ser vaiado", afirmou Lula.

Antes do pronunciamento do presidente, Lira discurso e citou o pai, o ex-senador Benedito de Lira, que hoje é prefeito de Barra do São Miguel (AL), e reclamou das vaias.

"Eu duvido que um morador que vai ser atendido por essas casas vai vaiar [Benedito de Lira]. Isso é uma falta de respeito", disse o presidente da Câmara.

Nesta quinta-feira (9), em São José da Tapera, no interior do estado, Lula já havia feito acenos ao presidente da Câmara, durante cerimônia de assinatura de obras hídricas no sertão alagoano.

Nesta sexta, o presidente da República voltou a dizer que, embora o PT tenha somente 68 deputados em um universo de 513 na Câmara, o governo tem conseguido aprovar projetos de interesse na Casa.

"Nós, até agora, não tivemos um único projeto derrotado, todos foram aprovados", declarou.

Atritos

Apesar dos afagos de Lula, recentemente, Arthur Lira fez duras críticas à articulação política do governo Lula junto ao Congresso.

O parlamentar alagoano chegou, inclusive, a chamar de "incompetente" e "desafeto pessoal" o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que é o responsável pela interlocução do Executivo com o Legislativo.

À época, Lira estava descontente com o que considerava interferências do governo em assuntos internos da Câmara e, também, com a demora do governo na liberação de emendas parlamentares. Após as críticas do deputado, Lula se reuniu com Lira para aperar arestas.

Nesta quinta-feira, após acordo com o governo, deputados e senadores derrubaram parcialmente, em sessão do Congresso, um veto de Lula a emendas de comissão. Com isso, os congressistas conseguiram liberar R$ 3,6 bilhões em recursos que poderão ser investidos neste ano eleitoral.
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