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Hospital particular diz que Roberto Jefferson tem 'condições de alta'; retorno ao presĂ­dio depende da Seap

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Por G1 em 10/05/2024 às 19:19:25
Desde julho de 2023, o ex-deputado federal está internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, para tratar da saúde. Após avaliação positiva, defesa de Jefferson questiona se presídio tem condições de receber o ex-parlamentar. Quem é Roberto Jefferson

O Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, a unidade de saúde particular que atende Roberto Jefferson, informou à Justiça que o ex-deputado federal tem condições médicas de deixar o hospital.

"O paciente tem condições de alta médica para dar continuidade ao seu tratamento fora do ambiente hospitalar, com a manutenção do plano terapêutico e dos acompanhamentos propostos", informou o Hospital Samaritano.

A avaliação médica de Roberto Jefferson foi incluída no despacho assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (10). O parecer médico da unidade de saúde particular é uma resposta ao pedido feito pelo ministro no início do mês de maio.

Na ocasião, Moraes determinou uma avaliação das condições de saúde de Roberto Jefferson e a possibilidade de o ex-deputado federal voltar para o sistema penitenciário convencional, em Bangu, na Zona Oeste.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes acolheu a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Seap precisa avaliar

Com a avaliação positiva da unidade de saúde particular, a defesa do ex-parlamentar pediu que a Seap se manifeste sobre as condições de receber Roberto Jefferson em suas unidades.

Os advogados de Jefferson querem saber se "a unidade prisional ou o Hospital Penitenciário possuem condições de fornecer e ministrar as medicações periódicas e contínuas que o ora peticionário faz uso na unidade hospitalar particular, bem como se tem condições de fornecer o tratamento terapêutico multidisciplinar e/ou médico que o peticionário necessita".

Roberto Jefferson no final de maio, indo depor em Três Rios

TV Rio Sul

Segundo o documento, a Seap terá 15 dias para responder se Roberto Jefferson pode retornar ao sistema prisional fluminense.

Procurada pelo g1, a Seap não respondeu, até a última atualização desta reportagem.

Preso desde outubro de 2022

Jefferson está preso desde outubro de 2022, quando atirou cerca de 50 vezes e arremessou três granadas contra quatro policiais federais que foram cumprir um mandado de prisão expedido por Moraes. Na ocasião, dois agentes ficaram feridos. Foram apreendidas armas, carregadores e mais de 8 mil munições.

Desde julho de 2023, o ex-deputado federal está internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para tratar de sua saúde.

Em agosto do ano passado, Alexandre de Moraes já havia autorizado a permanência de Jefferson na unidade de saúde particular.

A decisão do ministro se deu após análise de relatório enviado pela Seap, em que afirma "desempenhar suas atividades de maneira limitada e em gestão compartilhada com a Secretaria de Estado de Saúde" para oferecer tratamento médico a seus presos.

O ex-deputado é réu por tentativa de homicídio contra os quatro agentes federais, resistência qualificada, posse ilegal de armas e munições, e posse de três granadas adulteradas.

Júri popular

O ex-deputado federal Roberto Jefferson será julgado por um júri popular, por conta da ação contra os policiais federais, segundo decisão da juíza federal Abby Ilharco Magalhães, da 1ÂȘ Vara Federal de Três Rios.

Em seu interrogatório em maio deste ano, Jefferson admitiu que atirou cerca de 50 vezes e que arremessou três granadas de luz e som contra os quatro agentes da PF, mas que não teve a intenção de matá-los.

Em sua decisão, a juíza afastou a qualificadora de motivo fútil imputada pelo Ministério Público Federal, mas manteve as qualificadoras de "emprego de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido", crime "contra autoridade no exercício da função", e "emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido".

Roberto Jefferson reage a tiros contra agentes da PF que foram prendê-lo

"Por sua vez, indicativos suficientes de autoria emergem da situação de flagrância, confirmada pelos depoimentos dos policiais federais em juízo, além da manifestação do próprio réu em interrogatório, no ponto em que não nega a efetivação de disparos e lançamento de artefatos explosivos na ocasião dos fatos", diz a decisão de pronúncia.

Abby Ilharco rejeitou a acusação do crime de dano qualificado, mas reconheceu a existência de conexão da tentativa de homicídio com os crimes de resistência qualificada; posse ilegal de arma e de três granadas adulteradas.
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