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Feliciano, Sóstenes e Gayer: Zambelli arrola deputados bolsonaristas para defendê-la em caso de perseguição armada

Depoimentos foram marcados após PGR negar acordo de não persecução criminal.

Por G1 em 04/06/2024 às 13:23:21
Foto: G1 - Globo.com

Foto: G1 - Globo.com

Depoimentos foram marcados após PGR negar acordo de não persecução criminal. Deputada discutiu com apoiador de Lula na véspera do segundo turno. Carla Zambelli aponta arma na rua

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes marcou para a segunda quinzena de junho os depoimentos das testemunhas no caso que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) responde por ter perseguido armada um homem na rua.

Na véspera do segundo turno, Zambelli discutiu com um apoiador do então candidato Lula (PT), em uma rua de um bairro nobre de São Paulo. Em seguida, ela perseguiu o homem com arma em punho (relembre no vídeo acima).

A parlamentar arrolou colegas seus de partido, como Marco Feliciano (PL-SP), Mário Frias (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL-GO) e Marcos Pollon (PL-MS). Feliciano, por exemplo, depõe no dia 26 de junho, às 15h30.

Como o blog mostrou, Gilmar marcou as audiências após a PGR (Procuradoria Geral da República) negar a possibilidade de fechar um acordo de não persecução criminal. Zambelli pediu para o Ministério Público ser ouvido antes de o ministro dar andamento ao processo.

O primeiro a ser ouvido deve ser o jornalista Luan Araújo, homem que foi perseguido e ficou sob a mira da arma de Zambelli. Sua advogada foi intimada sobre as audiências em 19 de abril.

Zambelli vira ré por porte ilegal de arma

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu em janeiro de 2023 que o STF condenasse a deputada a uma multa de R$ 100 mil por danos morais coletivos, além da decretação da pena de perdimento da arma de fogo utilizada no crime, bem como o cancelamento definitivo do porte de arma.

"A permissão do porte de arma de fogo conferida à denunciada se destina única e exclusivamente à sua defesa pessoal; jamais para constranger a liberdade de interlocutor e a fazer com ele se desculpe dos seus posicionamentos políticos, preferências eleitorais e supostos atos injuriosos manifestados, ainda que a pretexto de resguardar, em tese, sua honra maculada", afirmou a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.

Em agosto do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou a deputada Carla Zambelli ré por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

Dos onze ministros, nove votaram a favor do recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a parlamentar. O ministro Nunes Marques se posicionou pela rejeição da denúncia. Já André Mendonça avaliou que não cabe ao STF analisar o caso.
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