Desde quarta-Declaração foi dada durante o anúncio do Plano Safra voltado para agricultura familiar. Lula diz que vai falar sobre 'arroz e feijão' ao ser questionado sobre dólar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (3) que "responsabilidade fiscal é compromisso" e que governo "não joga dinheiro fora".
Declaração foi dada durante o anúncio do Plano Safra voltado para agricultura familiar, no Palácio do Planalto, em um contexto de turbulência do mercado financeiro — devido às críticas de Lula ao Banco Central — e alta do dólar (leia mais abaixo).
"Aqui, nesse governo, a gente aplica o dinheiro que é necessário, a gente gasta com educação e saúde, naquilo que é necessário. Mas a gente não joga dinheiro fora. Responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso desse governo desde 2003. E a gente manterá ele à risca", disse Lula.
À tarde, Lula lança a segunda parte do plano, voltada ao agronegócio e aos grandes produtores.
Mais cedo, Lula participou de reunião ordinária do Conselho da Federação — órgão criado para reunir governo federal, governadores e representantes de entidades municipalistas.
Na ocasião, o presidente assinou mensagem ao Congresso e um projeto de lei sobre cuidados, que busca garantir o direito ao cuidado, direito a cuidar e ao autocuidado.
O conselho foi criado em abril de 2023 com o objetivo de incentivar estratégias conjuntas entre União, estados e municípios para implementar ações que incentivem o desenvolvimento econômico sustentável e a redução das desigualdades sociais e regionais.
Lula e Haddad conversam durante evento de lançamento do Plano Safra para agricultura familiar.
Reprodução/TV Globo
No início da manhã, teve reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fora da agenda oficial. Segundo assessores, o encontro foi para discutir a questão fiscal do país.
Era esperado que os dois conversassem também, entre outras coisas, sobre a alta do dólar e sobre moderação das críticas ao Banco Central e ao presidente da instituição.
Lula também convocou uma reunião no Planalto às 16h30 com a equipe econômica. Além de Haddad, foram chamados os ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Esther Dweck (Gestão e Inovação).